O governo federal vai enviar um contingente de 300 homens da Força Nacional e ainda 50 viaturas para reforçar a segurança no Rio de Janeiro. A medida foi anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, nesta segunda-feira (2). Ele assinou a autorização e anunciou a iniciativa no evento de lançamento do Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC). O objetivo é fortalecer a investigação criminal, atividade de inteligência e um enfrentamento sistêmico das organizações criminosas.
O uso da Força Nacional foi autorizado depois de pedido feito pelo governador do estado, Cláudio Castro (PL), que na sexta-feira (29) se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, quando conversaram sobre a crise na segurança e enfrentamento ao crime. O nome de Cappelli é especulado para suceder Dino no próprio comando do ministério, caso o titular seja mesmo nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Dino, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai reforçar a segurança no Rio com 270 policiais e 22 blindados, além de um veículo de resgate e um helicóptero. As “ações de inteligência” e investigações em curso continuarão, de acordo com o ministro.
R$ 20 milhões à Bahia
Dino anunciou ainda que por meio de portaria o governo vai destinar R$ 20 milhões em recursos federais adicionais do Fundo de Segurança Pública (FNSP) à Bahia, para investimento em manutenção, compra de viaturas, equipamentos de inteligência e armas não letais. O governo federal e o PT estão preocupados com as críticas diante da escalada descontrolada da violência no estado, governado pelo partido. O atual chefe do Executivo baiano é Jerônimo Rodrigues.
No total, a União destinou R$ 168 milhões em recursos ao governo baiano para investimentos em segurança. O ministério repassou ainda 109 policiais federais e rodoviários federais ao estado, além de cinco blindados e um helicóptero.
Integração e inteligência contra o crime
O Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas tem o objetivo de criar integração institucional e informacional entre as redes de enfrentamento ao crime; valorizar os profissionais das instituições de segurança pública; fortalecer a investigação criminal e a atividade de inteligência das forças de segurança; e desenvolver uma “visão sistêmica” das organizações criminosas para um combate efetivo da criminalidade.
Na coletiva em que anunciou o programa, Dino repetiu o que já dissera em publicação no Twitter mais cedo. Nem só com “inteligência”, nem só com a “força” se combate o crime. “Lembremos que (a deusa grega) Themis tem nas mãos uma balança e uma espada”, afirmou. “A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do Direito”, completou.
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