“Meu Deus, quando eu penso que não tem como ficar pior, eu sempre me surpreendo. Fazer uma lei pra "castrar" as mulheres. Olha, essa aí eu não estava esperando não”.
“Será que ele daria esse conselho a própria mãe? Se a mãe dele tivesse sido castrada, as pessoas não estariam ouvindo isso.”.
Essas são frases postadas ao pé de um vídeo, publicado no canal do Uol, no Youtube, onde um prefeito “terrivelmente bolsonarista”, de Barra do Piraí (RJ), o assumidamente misógino Mario Esteves (PROS), propõe que haja um projeto de lei, que verse sobre a proibição da gestação através da castração das mulheres da cidade que governa, em discurso no último dia 14, durante inauguração de uma estrada, causando espanto ao público, que diz que “essas pessoas não cansam de nos surpreender”.
Conforme as palavras do prefeito no vídeo, a ideia parte de uma suposta preocupação com a construção de tantas creches que seria necessário, para atender “tantas crianças”.
Tal pai tal filho
Cria do, também misógino, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito Mário Esteves teve como modelo o ex-mandatário, que bem antes da eleição de 2018, já defendia a tal lei, sugerindo a castração, no caso dele, porém, das mulheres pobres, dizendo que “só tem uma utilidade o pobre no nosso país: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, para votar no governo que está aí. Só para isso e mais nada serve, então, essa nefasta política de bolsas do governo”; “...tem de haver um controle de natalidade”, dizia ele, também “preocupado” com as políticas publicas que se fazem necessárias para amparar a população carente.
Ironizando o jargão sobre a sombra do qual Bolsonaro se elegeu e contagiou seus eleitores que por fim faziam (ou fazem) o contrário do que a frase propõe, como se vê também nesse vídeo, outro leitor não perdoou: “Deus, pátria e família não falha”.
Veja o vídeo.
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