Governo Lula envia 40 kits de purificação de água e insumos médicos a Gaza

Os 40 purificadores embarcados no KC-30 da FAB têm capacidade para tratar mais de 220 mil litros de água por dia (Foto: Reprodução)

Brasil vem tendo papel destacado nas ações humanitárias em prol do povo palestino e ganhado cada vez mais protagonismo na busca por solução de paz para a guerra

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o envio de 40 kits de purificação de água, além de inúmeros insumos médicos, para o atendimento da população da Faixa de Gaza, que há mais de uma semana está sob intenso bombardeio por parte das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), em decorrência dos ataques do grupo radical Hamas a alvos civis e militares do Estado judeu, ocorridos no dia 7 deste mês.

A ação humanitária, confirmada pelo Itamaraty, será levada a cabo por uma aeronave da Força Aérea Brasileira que decolou do Rio de Janeiro no fim da tarde desta segunda (17) com destino a Roma, na Itália, de onde aguardará autorização das autoridades envolvidas no conflito para levar a ajuda à população de 2,2 milhões de palestinos em situação de calamidade absoluta.

Os 40 purificadores embarcados no KC-30 da FAB têm capacidade para tratar mais de 220 mil litros de água por dia. A medida é de extrema urgência, já que o bloqueio total imposto a Gaza por Israel estaria fazendo com que boa parte da população do território palestino consuma água do mar sem tratamento e água de esgoto, conforme reporta a agência Reuters.

As recentes iniciativas do governo sob a chefia de Lula, um conhecido interlocutor no cenário político internacional, vêm colocando o Brasil numa posição de destaque entre as nações, que numa busca frenética tentam estancar a escalada do conflito armado no Oriente Médio. Na última semana, Lula fez um apelo por um cessar fogo humanitário urgente para preservar a vida de crianças em Gaza e Israel e a declaração repercutiu no mundo.

O Brasil foi também o primeiro país do mundo a anunciar um acordo com o Egito para a saída de seus cidadãos da Faixa de Gaza. No entanto, a medida não foi até agora concretizada por conta dos bombardeios incessantes perpetrados por Israel naquela zona, inclusive no perímetro da fronteira egípcia.

Oficialmente, desde que os ataques do Hamas tiveram início, há 10 dias, 4.208 pessoas já morreram no conflito, sendo aproximadamente 1.400 israelenses e 2.808 palestinos, incluindo aí uma cifra próxima de 1.500 militantes do grupo extremista.

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