A PF (Polícia Federal) realiza na manhã de hoje a maior operação contra financiadores de atos antidemocráticos.
O que aconteceu
A PF cumpre ao menos 104 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações antidemocráticas.
Os mandados foram determinados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes;
A operação da PF ocorre no Distrito Federal e em oito estados: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina;
Conforme apuração do UOL, também há mandados de prisão. A PF informa que no Espírito Santo ocorreram quatro prisões preventivas.
Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de dezenas de empresários. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Mandados de busca da PF por estado:
Espírito Santo - 23
Mato Grosso - 20
Mato Grosso do Sul - 17
Paraná - 16
Santa Catarina - 15
Acre - 9
Amazonas - 2
Distrito Federal - 1
Rondônia - 1
Operação da PF mira bloqueios em rodovias e atos em quartéis. A força-tarefa da PF inclui como alvos pessoas que participaram ou financiaram os bloqueios em rodovias e manifestações em quartéis, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Ainda falta muita gente pra prender", afirmou ontem o ministro Moraes, sem entrar em detalhes.
A declaração foi dada pelo ministro do STF após um comentário de Dias Toffoli, seu colega de Corte, sobre prisões e multas feitas e aplicadas nos Estados Unidos em decorrência do ataque ao Capitólio, em 2021, e da divulgação de fake news.
O que foi dito:
"Quem imaginava que ia ter uma invasão no Capitólio? (...) Lá, 964 pessoas já foram detidas, nos 50 estados, acusados de crimes cometidos desde 6 de janeiro", Dias Toffoli.
"Fiquei feliz com a fala do ministro Toffoli, porque comparando os números ainda tem muita gente pra prender e muita multa para aplicar", Alexandre de Moraes.
Apoiadores de Bolsonaro não aceitam o resultado das eleições. Eles realizam atos antidemocráticos em estradas e quartéis, desde a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Vandalismo em Brasília. Na segunda-feira (12), um grupo de bolsonaristas queimou carros, ônibus após a tentativa frustrada de invadir a sede da PF.
A confusão ocorreu após prisão de um líder indígena que apoia Bolsonaro e no mesmo dia da diplomação de Lula.
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