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Saúde

Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal (CCR) (Foto: Reprodução)Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal (CCR) (Foto: Reprodução)

Recentemente, casos de famosos reacenderam o alerta sobre cuidados e tratamento precoce

Após as mortes recentes dos ídolos do futebol, Pelé e Roberto Dinamite, vítimas de câncer no intestino e o recente diagnóstico da cantora Preta Gil de câncer colorretal (CCR), o alerta sobre sobre cuidados e tratamento precoce foi reacendido pela comunidade médica para a população.

A coloproctologista do Serviço Estadual de Oncologia (Cican) Glícia Abreu alerta que o câncer de intestino é o segundo tumor mais frequente. Mesmo assim, diferente do Outubro Rosa ou Novembro Azul, cujas cores já estão no imaginário popular no que se refere à prevenção dos cânceres de mama e próstata, o Março Azul, dedicado à prevenção do câncer colorretal não desperta a mesma atenção.

“Isso preocupa muito a comunidade médica. O diagnóstico tardio está relacionado a tratamentos demorados e associados a uma morbidade elevada. Por sua vez, a sua detecção precoce, isto é, a sua descoberta em estágios iniciais da doença, e a retirada das lesões pré-malignas (pólipos intestinais) são responsáveis por altas taxas de cura e, consequentemente, pela diminuição considerável da mortalidade”, ressalta a médica.

Diferente do câncer de mama e próstata, cujo o rastreio diagnostica lesões já cancerosas, o rastreio do CCR, por meio de colonoscopia, pode, além de diagnosticar tumores na fase inicial, identificar esses os pólipos, lesões na mucosa intestinal que ainda não viraram câncer.

Segundo uma publicação de em 2014, a Bahia registrou um aumento da mortalidade causada por esse tipo de câncer no período de 1980 a 2012. Glícia Abreu afirma que é fundamental fazer a prevenção para o câncer de intestino, pois a doença é tratável, na maioria dos casos. “O CCR pode ser curável, caso seja detectado precocemente, isto é, quando ainda não se espalhou para outros órgãos”, reforça.

De acordo com a especialista, o CCR está associado ao aparecimento inicial dos pólipos na parede intestinal. “Pólipos são lesões benignas que, ao passar dos anos, sofrem alterações até sua transformação para o câncer. Nem todo pólipo vira câncer, mas, devido ao risco de transformação maligna, todos devem ser retirados quando descobertos através do exame de colonoscopia. Dessa forma, a pesquisa de pólipos está relacionada à diminuição da mortalidade por esse tipo de câncer”, detalha a coloproctologista.

Atualmente, as sociedades médicas vêm recomendando o rastreio a partir dos 45 anos de idade. “Alguns fatores de risco são modificáveis, como dieta, obesidade, falta de atividade física, uso de tabaco e uso moderado a alto de álcool. No entanto, embora a redução desses fatores modificáveis resulte na diminuição do risco de CRC, nenhum efeito dessa modificação é suficiente para reduzir a necessidade de exames de rastreamento [triagem]”, pontua a médica.

Ainda de acordo com Dra. Glicia, existem também os fatores de risco que não são modificáveis, como idade, história pessoal ou familiar de pólipos colorretais ou CCR, condições hereditárias como a síndrome de Lynch, uma história pessoal de doença inflamatória intestinal, origens raciais e étnicas e a presença de diabetes tipo 2.

“A chance de desenvolver CRC aumenta acentuadamente após os 50 anos de idade, com 90% dos novos casos e 94% das mortes associadas ao CCR ocorrendo naqueles indivíduos dessa faixa etária”, alerta.

Atenção aos sinais

Os sintomas sugestivos são os que chamamos de “sinais de alarme”, como enumera Dra. Glicia: “Dor abdominal, perda de peso inexplicável, sangue nas fezes, fezes com diminuição do calibre e massa palpável no abdome”.  

A médica afirma que uma alimentação pobre em fibras e rica em carnes vermelhas e processadas está associada ao risco de desenvolver o CCR. “Possivelmente esse tipo de alimentação está envolvido com fatores metabólicos e inflamatórios que contribuem para a carcinogênese”, diz.  

A médica reitera que, como existem fatores de risco modificáveis, manter bons hábitos alimentares e atividade física contribuem para prevenção deste tipo de câncer. “Importante salientar que a prevenção, com a realização de exames de rastreamento, como colonoscopia ou pesquisa de sangue oculto nas fezes, são indispensáveis para a detecção precoce do CCR. A colonoscopia, ao retirar os pólipos intestinais, é um instrumento indispensável na prevenção do CCR”, conclui.

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