Ter raiva de Deus é algo com o qual muitas pessoas, crentes e descrentes, têm lutado por muito tempo. Quando algo trágico acontece em nossas vidas, fazemos a pergunta "Por quê?" a Deus por ser essa a nossa resposta natural. O que realmente estamos perguntando, porém, não é necessariamente "Por quê, Deus?", mas "Por que eu, Deus?" Essa resposta indica duas falhas no nosso pensamento. Em primeiro lugar, como crentes, muitas vezes operamos sob a impressão de que a vida deva ser fácil e que Deus deva impedir que tragédias aconteçam a nós. Quando Ele permite, ficamos com raiva dEle. Segundo, quando não compreendemos a extensão da soberania de Deus, perdemos a confiança na Sua capacidade de controlar as circunstâncias, outras pessoas e a forma em que nos afetam. Então ficamos com raiva de Deus porque parece que Ele perdeu o controle do universo e especialmente das nossas vidas. Quando perdemos a fé na soberania de Deus, isso indica que a nossa frágil natureza humana está lutando com a nossa própria frustração e falta de controle sobre os eventos. Quando coisas boas acontecem, muitas vezes atribuímo-las às nossas próprias realizações e sucesso. Quando coisas ruins acontecem, porém, rapidamente culpamos a Deus, e ficamos com raiva dEle por não preveni-las, o que indica a primeira falha no nosso pensamento -- que merecemos ser imunes de situações desagradáveis.