O fim melancólico de um dos ícones da política partidária camaçariense - talvez... - Foto: Web
Uma das figuras mais tradicionais da política em Camaçari, baluarte e guardião da direita no município, o ex-prefeito e ocupante da cadeira de vice-prefeito ao lado de Elinaldo desde a eleição de 2016, José do Reis Tude foi uma das grandes surpresas do pleito deste ano. A despeito de toda sua história no município, Tude conquistou a singela fatia de 1.164 votos, ficando em 24º na lista de suplentes, atrás de figuras como Junior Borges, Oziel, Deni de Isqueiro e Jorge Curvelo, também 'deixados pra trás', para comparar apenas com seus correligionários.
Embora oficialmente esteja na suplência, Tude está longe de assumir um mandato, já que apenas dentro do União Brasil há outros seis suplentes ávidos por uma vaga e com votação maior, entre eles, esses cinco vereadores de longa data que ficaram de fora da Câmara.
Embora o desprestígio de Tude cause cerca comoção, devido à sua inegável história na cidade, não é de agora que ele vem perdendo espaço. Em 2012, o então candidato a prefeito pelo PTN, Maurício Bacelar, preferiu abrir mão do sobrenome da família para se tornar “Maurício de Tude” na disputa contra e o PT, em uma tentativa de vencer usando a suposta popularidade do aliado. Perdeu.
Ali, para os olhos atentos, a queda de capital político já dava sinais. Mais tarde, na eleição de Elinaldo em 2016, Tude voltou a aparecer como figura central e muitos chegaram a acreditar que, sendo a chapa eleita, o prefeito de fato seria ele, não Elinaldo. Novo engano… Apesar da posição de destaque na campanha, a história de Tude como vice-prefeito foi tão apagada quanto a de qualquer outro que tenha ocupado a cadeira até aqui.
Daí para não se eleger sequer para vereador, foi apenas um pulo… de oito anos. Não precisava passar por isso: podia ter saído por cima. E, seja para os que o amam ou para os que o odeiam, a votação frágil obtida por Tude nessas eleições causa surpresa e levanta um questionamento: será que o ex-prefeito perdeu a mão na política, ou foi “tratorado” pelo 'fogo amigo'?
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