Deputada estadual por Minas Gerais, Macaé conversou com Lula e aceitou o convite para substituir Silvio Almeida; anúncio deve sair nesta segunda-feira - Divulgação
A deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) assumirá nos próximos dias o comando do Ministério dos Direitos Humanos. A informação foi confirmada pelo site IstoÉ com interlocutores do Planalto e pessoas próximas à deputada.
Macaé recebeu o convite após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta segunda-feira, 9. Na conversa, o convite foi feito formalmente e a parlamentar aceitou de prontidão.
“Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, disse o presidente, em publicação nas redes sociais.
O nome da deputada era o favorito para assumir o comando da pasta. A parlamentar foi indicada pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), que cobrava um nome do partido na pasta.
Macaé Evaristo assumirá o ministério após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual. Atualmente, a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, está no comando da pasta interinamente.
Almeida foi demitido na sexta-feira, 6, após a divulgação de casos de assédio sexual cometidos pelo ex-ministro. Uma das vítimas é a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
As denúncias foram divulgadas pela rede de apoio Me Too Brasil na última quinta-feira, 5. Uma professora de Santo André também afirmou ter sido vítima de assédio do ex-ministro em 2019.
Ele nega as acusações e se recusou a pedir demissão. Em nota, ele classificou as denúncias como “mentirosas”. Almeida afirmou ter enviado um ofício à Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Justiça e Procuradoria-Geral da União (PGR) para investigarem o caso.
O Palácio do Planalto também deve investigar as acusações por meio da comissão de ética da presidência.
Quem é Macaé Evaristo
Nascida em 1965 em Minas Gerais, a ministra se formou em serviço social pela PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica) e fez mestrado em educação na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em meio à atuação como professora na rede municipal de Belo Horizonte. Na época, já era filiada ao Partido dos Trabalhadores.
Evaristo ingressou na vida pública em 2005, quando assumiu a secretaria municipal de Educação da capital mineira, quando Fernando Pimentel (PT) era prefeito. Permaneceu no cargo durante o mandato do petista e também no primeiro de Márcio Lacerda (PSB) no cargo, de 2009 a 2012.
Quando Pimentel assumiu o governo de Minas Gerais, escolheu Evaristo como secretária estadual de Educação, cargo que ocupou de 2015 a 2018.
O nome de Evaristo chegou às mãos do presidente por meio de indicação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, que cobrava a indicação de uma petista ao cargo. Com a nomeação, a ministra será a décima mulher à frente de uma pasta na Esplanada, entre os 37 ministros do governo Lula.
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