Galeria de Fotos

Não perca!!

Política

Pré-candidato revelou seus planos para a campanha para a prefeitura de Camaçari  (Foto: Divulgação Daniel Serrano/BNews)Pré-candidato revelou seus planos para a campanha para a prefeitura de Camaçari (Foto: Divulgação Daniel Serrano/BNews)

A política baiana costumeiramente é polarizada por grandes grupos, o liderado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e o Carlismo, que por muito tempo comando pelo ex-senador Antônio Carlos Magalhães. No entanto, há quem queria desbancar a hegemonia dessas duas potências da política da Bahia, mesmo que seja a nível municipal. É o caso de Oswaldinho Marcolino, pré-candidato a prefeito de Camaçari nas eleições municipais deste ano.

Em entrevista exclusiva ao BNews, Oswaldinho Marcolino falou quais são as suas principais propostas para a cidade e revelou qual a sua principal aposta para o pleito deste ano: as rejeições de seus adversários Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União Brasil).

Confira a entrevista completa:

A principal pergunta para um candidato, ou ainda um pré-candidato, é sobre quais são as propostas que o senhor tem para Camaçari. Caso eleito, o que o eleitorado camaçariense pode esperar de sua gestão? Quais são as propostas para Educação, Saúde e Segurança Pública?

Oswaldinho Marcolino: As necessidades de Camaçari são muitas. São mais de 40 anos Camaçari sendo governada por dois grupos políticos apenas e pouca coisa mudou de lá para cá. A cada eleição, são muitas promessas. As promessas são requintadas, são atualizadas, mas não são cumpridas. Uma delas é o hospital Público Municipal. Então, é um dos projetos que a gente pretende trabalhar no seu projeto, um levantamento dos seus custos, escolher uma área adequada e construir um hospital com um amplo espectro de atendimento nas diversas especialidades, podendo fazer cirurgias também de alta complexidade. A gente entende que a construção do Hospital Público de Camaçari vai resolver o problema da espera de pacientes na fila da regulação. Vamos tirar os pacientes da fila da regulação e acolhê-los no hospital público municipal. A gente também tem o projeto de construção de um centro de tratamento para pessoas com câncer. Hoje, pacientes de Camaçari, que tem câncer vão para Salvador. A gente entende que o câncer, por si, é uma doença que maltrata muito a pessoa, deixa a pessoa bastante debilitada e essa viagem diária para fazer quimio e radioterapia realmente prejudica muito essas pessoas. Além disso, o Hospital da Criança, um centro de atenção e cuidado para crianças autistas e fazer uma maternidade no litoral.

Com relação a segurança pública, é nosso projeto Criar a Secretaria Municipal de Segurança Pública e a Polícia Civil Municipal, que já existe no Brasil e cidades acima de 300.000 habitantes, como é Camaçari, já precisam ter. A Legislação já afirma que cidades com mais de 300.000 habitantes devem ter um aparato também de segurança. A gente vai fazer isso para também ser uma força auxiliar da Polícia Militar no policiamento ostensivo, mas não só patrimonial, cuidar também da segurança das pessoas.

Um problema crônico que Camaçari enfrenta também é na questão do transporte. Nós ficamos muitos anos sem ter ônibus aqui na cidade. A gestão atual deixou sucatear o transporte público a ponto de não ter os ônibus por anos. E hoje a prefeitura, em parceria com algumas empresas, oferece para a população ônibus velhos com péssima conservação. Quando chove, chove mais dentro do que fora o ônibus que quebra a todo momento. No nosso projeto a gente vai implementar um Tarifa zero ônibus sem cobrança de tarifa, ônibus elétrico, porque aí a gente já está com dois problemas o cuidado com o meio ambiente e também fazer justiça social. Mais de 100 cidades do Brasil já implantar o serviço de transporte tarifa zero com sucesso. E a gente entende que Camaçari, como a segunda maior da Bahia, 36ª ou 37ª do Brasil, pode sim oferecer esse serviço para sua população.

Na área de educação, a gente pretende construir as creches que o prefeito atual [Elinaldo Araújo] e [pré-]candidato [Flávio Matos] dele prometeram e não fizeram. E também implementar o ensino em tempo integral. Em um turno o aluno estuda, cumpre a grade curricular, e no contraturno, ele aprende o esporte, arte, cultura, dança, faz o reforço escolar na própria escola. Além disso, um ensino profissionalizante para quem tem pressa de entrar no mercado de trabalho e também a construção de uma universidade pública municipal. É uma necessidade que nós temos. Os jovens de Camaçari fazem faculdade em Salvador e Lauro de Freitas e ficam, em média por dia, três a quatro horas dentro de um ônibus, correndo diversos riscos de inúmeros assaltos e acidentes com esses ônibus do transporte universitário. E também essa evasão de divisas que a gente tem. Quando a gente pega essa massa aí de milhares de alunos e leva para outra cidade. Vamos fixá-los aqui para estudarem aqui com conforto e segurança. Nessa universidade, devem ter um centro de pesquisa voltado para a ciência e para o desenvolvimento de medicamentos, a descoberta de cura de doença. A gente vai investir pesado num centro de pesquisa voltado para a ciência, sobretudo na área de saúde.

Temos o candidato do atual prefeito, Fábio Matos (União Brasil), e o ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), são os pré-candidatos que eles vêm despontando nas pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano. Como o senhor pretende surpreender os dois e convencer o eleitorado amazonense em votar no senhor?

Oswaldinho Marcolino: Na verdade, essa não vai ser uma tarefa difícil, não é? Quem vai surpreender eles não sou eu não, é a população de Camaçari que está cansada desse jogo de compadre que eles fazem há mais de 40 anos se revezando no poder na prefeitura de Camaçari. Hoje, por meio das pesquisas que a gente tem acesso e até analisando os resultados das últimas três eleições municipais, o nível de insatisfação com esses dois grupos políticos é muito grande e mais da metade da população hoje diz que não vota nem no candidato do prefeito, nem o ex-prefeito. Se a maioria os rejeita, é um sinal claro de que nós estaremos no segundo turno. Eu não digo que a gente precise alcançar esses 120 mil ou 130 mil eleitores que não querem os outros dois candidatos. Se a gente conseguir pelo menos a metade disso, certamente estaremos no segundo turno e isso nos levará a uma chance ainda maior de vitória. Embora eu ache que a população de Camaçari vai surpreendê-los com uma vitória nossa já no primeiro turno, já que mais da metade, deseja mudar e a oportunidade como essa a gente não teve em anos anteriores. Até porque essa eleição em dois turnos e a disputa fica muito mais aberta.

E o que o senhor teria de diferente do que vem sendo proposto por esses dois grupos?


Oswaldinho Marcolino: Propostas claras e concretas e cumprir o que a gente fala. Tanto um quanto o outro já prometeram diversas coisas e não fizeram. O candidato do prefeito Elinaldo, o vereador Flávio, é cúmplice de Elinaldo em todas as mazelas que ele [o atual prefeito] fez na cidade, como fechamento de UPA, promessa de hospital, maternidade não cumprida, a perseguição aos trabalhadores do transporte alternativo. Eu pelo contrário, vou legalizar o transporte alternativo e vou dar dignidade essas mães e pais de família que levam seu sustento pra casa, dirigindo seu automóvel, transportando passageiros. Então, o principal diferencial é esse As pessoas sabem que no que eu falo, elas podem confiar.

Atualmente, o seu partido, o MDB, é aliado do PT e do grupo que atualmente está no comando do governo do Estado. Os dois partidos firmaram aliança em Salvador. Só que faltou esse entendimento aqui em Camaçari e em Vitória da Conquista, onde o deputado federal Waldenor Pereira (PT) vai disputar a prefeitura contra a vereadora Lúcia Rocha (MDB). O que foi que faltou para ter esse acordo aqui em Camaçari?

Oswaldinho Marcolino: Na verdade, o MDB ouviu a voz que vem das ruas. O povo de Camaçari tem dado sinais claros de que deseja mudar, de que não quer reeditar modelos passados. O povo tem dito que cansou dessa alternância no poder e de que agora chegou a um momento realmente da verdadeira mudança. E o MDB, antenado com essa voz das ruas, com a voz do povo, onde mais da metade da população deseja mudar e quebrar esse ciclo de revezamento que já dura mais de 40 anos, resolveu manter a minha pré-candidatura, que era um desejo meu, inclusive. E a gente vai disputar a eleição. A gente tem apresentado propostas claras, viáveis para mudar a cidade, algumas delas, inclusive com economia de recurso público. São coisas que melhoram a vida do cidadão e ainda economizando o recurso público. E talvez também essa fadiga, esse cansaço que a população tem de todos os anos ter que repetir: um ou outro ou outro. Então acho que a população dessa vez acordou e quer dar um basta nisso e tem dado sinais claros de que deseja mudar e vai votar num candidato que apresente essa possibilidade de mudança. E até aqui, as pesquisas mostram que esse candidato sou eu e é o MDB que vai poder fazer a verdadeira mudança em Camaçari.

O senhor acredita que esse processo eleitoral desse ano possa, de alguma forma, interferir na relação do MDB com o PT?

Oswaldinho Marcolino: Não, eu creio que não. Somos pessoas bastante maduras. Tanto nós do MDB quanto o grupo do governador Jerônimo, que é o líder desse conselho político, entendem que é um direito nosso também, é um direito do MDB em pleitear a prefeitura de uma cidade importante, como Camaçari, sobretudo com um candidato como eu, que tenho raízes no município, que fui presidente da Associação Comercial, presidente do Sindilojas. Já tive cargos como ouvidor geral do município, etc. Ou seja, não se trata de uma aventureiro, eu não cai de paraquedas. Eu sou, como costumo dizer, “Camaçari raiz” e as pessoas que são “Camaçari raiz” como eu tem se identificado com a minha candidatura. Não acredito que isso afete, em nenhuma hipótese, a aliança que o MDB e o PT da Bahia têm, no plano estadual.

Em dado momento, circulou a informação de que havia a possibilidade do senhor e de Luiz Caetano formarem uma mesma chapa. Realmente existiu essa conversa e o que foi que faltou para que esse plano saísse do papel?

Oswaldinho Marcolino:  Não, não houve essa conversa em nenhum momento. O ex-prefeito Luiz Caetano jamais me procurou para conversar sobre isso. Eu também não o procurei, até porque eu não estou pleiteando o lugar de vice na chapa. Então não, não teve essa conversa em nenhum momento. Nem se conversou, nem se projetou nada nesse sentido desde o início. Inclusive, a minha candidatura foi a primeira a ser posta, no dia 15 de setembro do ano passado. Fui o primeiro candidato a ser confirmado pelo seu partido. E os outros como ser confirmados ou não nos meses seguintes. Então, a candidatura do MDB foi posta desde o primeiro momento como uma candidatura realmente para ir para a urna e, como eu falei, para apresentar para o eleitor uma opção. O eleitor não tem tido opção em Camaçari. São sempre dois candidatos. Ele [o eleitor] tira porque não quer mais aquele governante, aí elege o outro. Quatro anos ou oito anos depois, ele elege aquele que ele mesmo tirou, porque ele também não quer mais o atual. E fica nesse círculo vicioso. E é isso que a gente vai acabar nessas eleições de 2024.

Como estão as conversas para o vice ou para a vice da chapa?

Oswaldinho Marcolino: Nós temos um vice já anunciado há cerca de dois meses, o sargento Nal Coutinho, 1⁰ Sargento da Polícia Militar. Nascido e criado em Monte Gordo, distrito de Camaçari, no nosso litoral, mas conhecido em toda a cidade, respeitado pela corporação e muito amado na cidade. Muito querido também é uma pessoa que veio agregar muito, até porque eu sou residente e morador da sede a vida toda. Ele sempre foi residente da unidade do litoral. Então, a gente fez essa junção aí, sede e orla e tem dado muito certo. Ele tem me ajudado muito, agregou muito aqui à nossa chegada. Nossas convenções vão acontecer no dia 28, um domingo, onde nós vamos homologar a minha candidatura e a de Nal Coutinho e também os nossos 24 candidatas e candidatos a vereadores.

Falando das eleições para o Legislativo daqui de Camaçari, qual é a meta que o MDB traçou para aqui para o município? Quantos os vereadores o partido espera eleger para a Câmara Municipal?

Oswaldinho Marcolino: Bem, nós temos chances reais de eleger de um a dois vereadores se eu obtiver uma votação modesta para a prefeitura. Porém, como a gente acredita no nosso crescimento e que nós iremos conquistar os eleitores insatisfeitos, justamente esses que têm rejeitado as outras duas opções, é possível que a gente consiga eleger de cinco a seis vereadores, porque é natural que a chapa majoritária, ao crescer, leve junto consigo o crescimento da chapa proporcional. E eu, pessoalmente, vou me dedicar, durante todo o período de campanha, a pedir voto para os candidatos a vereadores do MDB. Até porque eu preciso de uma bancada forte na Câmara para que me ajude a montar e aprovar os projetos importantes.

Veja também:

Caetano aposta na parceria com Lula e Jerônimo para se eleger

Clique aqui e siga-nos no Facebook

 

Camaçari Fatos e Fotos LTDA
Contato: (71) 3621-4310 | redacao@camacarifatosefotos.com.br, comercial@camacarifatosefotos.com.br
www.camacarifatosefotos.com.br