Dois vídeos com convocações para um protesto, previsto para 15 de março, em defesa do governo federal e contra o Congresso Nacional foram compartilhados pelo presidente Jair Bolsonaro no WhatsApp, o que despertou nova onda de críticas ao chefe do Palácio do Planalto.
As imagens dos vídeos mostram Bolsonaro como um presidente "cristão, patriota, capaz, justo e incorruptível". A manifestação anti-Congresso Nacional foi convocada por grupos de direita.
No Twitter, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou o gesto do atual mandatário do país. "Estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto se tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo”, escreveu.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou. Nas redes sociais, cobrou um posicionamento “urgente” do Congresso em defesa da democracia. “Bolsonaro e o general Heleno estão provocando manifestações contra a democracia, a Constituição e as instituições, em mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias”.
O deputadao federal Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara, sugeriu uma reunião de emergência entre os presidentes da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o chefe do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com líderes de partidos para tratar do que fazer diante do gesto de Bolsonaro.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, foi às redes sociais com pedido semelhante ao de Molon. “Chega! As forças democráticas precisam repudiar este comportamento vil e impedir a escalada golpista”, disse.
João Dória (PSDB), governador de São Paulo, também demonstrou não concordar com o gesto do presidente. “Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país. Lamentável o apoio do presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional”, expressou o tucano no Twitter.
Em entrevista ao Estadão, o deputado federal Marco Feliciano saiu em defesa do presidente da República. “Estamos numa democracia e manifestações são previstas na Constituição Federal desde que sejam pacíficas”, afirmou.
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