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Deputada Maria do Rosário (PT-RS) (Foto: Reprodução)Deputada Maria do Rosário (PT-RS) (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar jornalistas nesta terça-feira (18), ao insultar com insinuação sexual a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, dizendo que “ela (repórter) queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”.

A declaração, em frente ao Palácio da Alvorada, repete o ataque inverídico e misógino ao trabalho da profissional que denunciou, durante as eleições em 2018, a contratação de empresas para efetuar o disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp na campanha pró-Bolsonaro.

Na semana passada, durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, que apura a disseminação de notícias falsas e ilegalidades cometidas por candidatos no último pleito, Patrícia foi ofendida por um ex-funcionário de uma das agências de disparos.

Hans River do Rio Nascimento acusou a jornalista de forçá-lo a dar a entrevista, insinuando uma troca de favores sexuais.

As afirmações discriminatórias foram logo desmentidas pela repórter, que comprovou com áudios, registros e prints das mensagens trocadas, que Hans não só mentiu e fez um ataque misógino, como denunciou de fato o uso fraudulento de nome e CPF de pessoas idosas para registrar chips de celular e garantir disparos em lotes de mensagens.

Em entrevista à Agência Pública, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que preside a CPMI das Fake News, garantiu que o ex-funcionário fez um depoimento mentiroso.

Além disso, parlamentares, incluindo a relatora da comissão, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) anunciaram que entrarão na Justiça contra Hans, que cometeu crime ao falsificar seu depoimento.

Organizações de mulheres, jornalistas e em defesa da liberdade de expressão e imprensa e dos direitos humanos, repudiaram também o ataque à Patrícia e exigiram resposta do Congresso, como aponta nota da Marcha Mundial das Mulheres (MMM).

Ainda assim, Bolsonaro, em referência ao depoimento calunioso, repetiu o ataque como um “típico machão”, como ironiza a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP):

“Covarde, inseguro e consciente de sua incompetência, tem na misoginia e na violência as válvulas de escape para seus ódios profundos. É um sub-homem que fracassou como militar, como político e como pai. É infeliz”, acrescentou Sâmia pelo Twitter.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) aponta quebra de decoro por parte do presidente. “Temos um presidente machista. Querer desqualificar uma profissional, com insinuações sexuais é uma forma clássica de misoginia”, destacou em suas redes sociais.

Também pelo Twitter, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) declarou “todo o repúdio a quem não honra o ser cargo” e cobrou das instituições brasileiras solidariedade à Patrícia. “Ela é atacada porque é competente e denunciou aspectos fundamentais, erros, crimes nas eleições de 2018”, disse.

“Até quando as autoridades públicas, o Congresso Nacional, o Ministério Público, o Judiciário aceitarão que alguém que não tem as condições morais de ocupar qualquer função pública, muito menos a presidência da República, permaneça utilizando esse espaço para atacar a cidadãs e cidadãos brasileiros, principalmente as mulheres?”, questionou.

A Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também protestou, por meio de nota, contra as “lamentáveis declarações”, avaliam as entidades.

“As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da democracia”.

Entidades em defesa da liberdade de expressão e da imprensa irão, no dia 6 de março, denunciar as violações cometidas pelo presidente na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

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