Para o ex-ministro Gilberto Carvalho, a pressão da Operação Zelotes sobre Lula ocorre por medo de que o ex-presidente concorra à Presidência da República em 2018. "Não há dúvida de que há uma politização [da investigação]. Não há dúvida de que o presidente Lula virou alvo preferencial. Há um medo do presidente Lula, medo de que ele volte em 2018. Há uma vontade deliberada de tentar destruir esse projeto que ajudou a mudar o país", disse Carvalho, após prestar depoimento como testemunha de defesa do lobista Alexandre Paes dos Santos, o "APS", um dos 15 réus da Zelotes.
Ex-chefe de gabinete de Lula entre 2004 e 2010, Carvalho afirmou que "provavelmente centenas de empresários" tiveram acesso ao seu gabinete com demandas para Lula e, além de empresários, recebeu integrantes de movimentos sociais e trabalhistas, como lixeiros e indígenas.
"A função de chefe de gabinete é fazer uma espécie de coordenação geral da agenda presidencial, de receber as pessoas que desejam ter acesso ao presidente", afirmou o ex-ministro. "Minha vida era ter a porta aberta atendendo pessoas".
Leia aqui reportagem de Leticia Casado sobre o assunto.
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