Galeria de Fotos

Não perca!!

Política

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), defendeu nesta segunda-feira 25, em artigo publicado na imprensa, a discussão sobre o projeto do também senador tucano José Serra (SP) que propõe mudanças no modelo de partilha da Petrobras para que áreas do pré-sal sejam concedidas a empresas internacionais.

O discurso crítico à estatal brasileira, no entanto, não poderia vir em pior momento. Com a queda brusca no preço do petróleo, que caiu ao menor patamar em 12 anos nos últimos dias, grandes petroleiras têm afundado em prejuízos, demissões e corte de investimentos. Para se ter ideia, o total de sondas em operação nos Estados Unidos caiu de 1.633 para 637 no último ano.

Os dados foram destacados pelo jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, ao comentar o artigo de Aécio em seu blog. Nesta segunda, os preços de barris de petróleo voltaram a registrar recuos significativos, mas fecharam a sessão acima dos US$ 30.

O barril do petróleo tipo Brent, valor de referência global, para entrega em março caiu 5,22%, cotado a US$ 30,50 na Internacional Exchange Futures (ICE). Já o futuro do light sweet crude (WTI), do Texas, teve baixa de 5,75%, para US$ 30,34, perdendo em relação ao seu preço de fechamento na sexta, quando o Brent subiu 10%.

"Lógico que os assessores de Aécio sabem disso. Então porque fazer demagogia com a principal empresa brasileira no meio de uma crise desta gravidade na indústria do petróleo?", questiona Fernando Brito. "Os traidores do Brasil sempre estão usando essa desculpa. 'Ajudar a Petrobras', como Fernando Henrique 'ajudou' a Vale, completou o editor do Tijolaço.

A queda acentuada no valor das ações da Petrobras na Bolsa de Valores – que alcançou o menor patamar desde 2003 há uma semana – também deveria levar ao fim da discussão sobre a abertura do pré-sal. Afinal, com esse cenário, nem mesmo os ultraliberais defenderiam que o Brasil abrisse mão de suas reservas. A presidente Dilma Rousseff já avisou que não haverá novos leilões em um momento como esse. "Obviamente, se o preço continuar caindo, todo mundo vai rever o que fará", disse.

"Ninguém faz leilão de bloco de exploração com o barril a US$ 30, a não ser que você queira dar para alguém. Duvido que alguém faça, a não ser que esteja em dificuldade, precisando de dinheiro. Acho que enquanto a gente não estiver precisando fazer isso, com esse cenário [não vamos fazer]. Licitar em 30 anos, a US$ 30, o bloco do pré-sal? Você [o governo] sabe onde está o petróleo, qual é a qualidade dele. É dar", completou a presidente.

 

 

Camaçari Fatos e Fotos LTDA
Contato: (71) 3621-4310 | redacao@camacarifatosefotos.com.br, comercial@camacarifatosefotos.com.br
www.camacarifatosefotos.com.br