O delegado e ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa fez um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para depor à Polícia Federal e esclarecer sua versão da história.
Ele está detido desde 24 de março por ordem de Alexandre após ser apontado em inquérito da Polícia Federal como um dos mandantes do assassinato da vereadora em 14 de março de 2018.
De acordo com inquérito da Polícia Federal, Rivaldo Barbosa planejou "meticulosamente" o crime em parceria com Chiquinho e Domingos Brazão, representantes da milícia.
“Se mostra indubitável a conclusão de que Rivaldo Barbosa instalou na diretoria de divisão de homicídios um verdadeiro balcão de negócios destinado a negociatas que envolviam a omissão deliberada ou o direcionamento de investigações para pessoas que se sabiam inocentes. Para tanto, Rivaldo fez negócio com contraventores, milicianos e, como se vê no caso em tela, políticos, no afã de se locupletar financeira e politicamente”, afirmam os investigadores.
Ele teria também agido para travar as investigações sob diversos crimes cometidos pela milícia, incluindo a morte de Marielle. Diz a PF no inquérito que ele era "conivente com os homicídios envolvendo a participação de milicianos e contraventores, dos quais recebia vantagens indevidas", e que ele teria feito alertas a "alvos de investigação quando da menção de seus nomes em procedimentos criminais ou quando da existência de medidas restritivas em desfavor deles".
Ele quer depor
O delegado quer provar sua inocência, aparentemente, e pediu ao ministro Alexandre de Moraes para depor à Polícia Federal. Um mês após a prisão preventiva dos envolvidos, ainda não foram colhidos os depoimentos. "Ainda não há nos autos notícias do cumprimento daquela determinação judicial, pois até o momento nenhum dos investigados foi ouvido", dizem os advogados de Rivaldo.
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