O delegado Giniton Lages, que ficou à frente do caso Marielle na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) logo no início das investigações, foi alvo de buscas na manhã deste domingo (24), na Operação Murder, Inc., que prendeu os suspeitos de mandar matar a vereadora. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, também determinou o afastamento de Giniton das funções da Polícia Civil e definiu que ele terá que usar tornozeleira eletrônica.
Após ser trocado do caso, em 2022, Giniton escreveu um livro de 296 páginas contando os bastidores da investigação.
A edição, que leva o nome de: 'Quem matou Marielle? Os bastidores do caso que abalou o Brasil e o mundo, revelados pelo delegado que comandou a investigação', retrata como Marielle e Anderson foram executados.
De acordo com o site de vendas da obra, a publicação tem como objetivo descrever "um crime que chocou o país, ganhou projeção internacional e transformou o nome de Marielle num símbolo de luta contra as injustiças e as atrocidades que marcam negativamente o nome do Brasil".
O compilado destaca ainda "como nas investigações vieram à tona diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, as conexões com as milícias e, principalmente, a grande dúvida sobre quem foi o mandante da execução".
Ainda segundo o material, na obra o leitor iria conhecer "em detalhes como foi esse trabalho de apuração do crime, acompanhando os bastidores do caso na visão de Giniton Lages, o primeiro delegado designado para a tarefa e que enfrentou diversas dificuldades para a elucidação do homicídio".
Segundo o autor, "o livro feito para ajudar a sociedade a se preparar melhor para lidar com situações semelhantes no futuro e, se possível, evitá-las".
Além das 3 prisões neste domingo, foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão na sede da Polícia Civil do Rio e no Tribunal de Contas do Estado.
Além de Lages, seu chefe de investigação à época Marcos Antônio de Barros Pinto, um de seus principais subordinados, tiveram documentos e celulares apreendidos.
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