Ruas inundadas, carros submersos, alagamentos em imóveis e ruas, além de quedas de árvores. Não é o cenário da cidade de Salvador após ser atingida por um forte temporal, mas Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, conhecida por sua arquitetura futurista e luxuosa.
Na terça-feira (16), a cidade registrou uma chuva histórica em 75 anos. O temporal que caiu em Dubai acumulou em menos de 48 horas cerca de 142 milímetros de chuva, volume muito superior ao esperado para um ano inteiro, que é de 94,7 milímetros.
Dubai, normalmente, tem um clima desértico, e, boa parte do pouco que costuma chover, apenas 100 milímetros por ano, acaba evaporando pelas altas temperaturas. A quantidade de precipitação dos últimos dias foi excepcional e surpreendente para a região.
Nesta quinta-feira (18), Dubai passou o dia limpando suas estradas alagadas e casas inundadas, dois dias depois que uma tempestade recorde. Especialistas em clima culpam o aquecimento global por esses eventos climáticos extremos. Enquanto isso, outros destacam a chuva induzida ou de semeadura.
Salvador também enfrentou dias caóticos nesta semana. Na manhã desta quinta, a chuva deu uma trégua. Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), o volume de chuvas acumulado na capital baiana na primeira quinzena de abril é o maior registrado nos últimos 30 anos.
Os números superam os anos de 2010, com 356,3 mm, e 1994, com 276,7 mm, que ocupam as segunda e terceira posições na série histórica, respectivamente. Segundo a Codesal, Salvador teve quase o dobro de chuva previsto para o mês de abril em apenas 16 dias. A quantidade de chuva esperada para este mês era de 284,9 mm.
Chuva de semeadura
A semeadura de nuvens, também conhecida como chuva artificial, emprega a seguinte metodologia: induz a chuva em lugares secos por um processo químico, utilizando iodeto de prata e/ou gelo seco, que estimula a formação de núcleos de condensação e assim, a produção de chuva.
O órgão do governo emiradense que supervisiona o programa negou ter realizado quaisquer operações desse tipo antes da tempestade. No entanto, especialistas em clima culpam o aquecimento global por eventos climáticos extremos como esse.
De acordo com a Folha de São Paulo, pesquisadores preveem que as mudanças climáticas levarão a temperaturas mais altas, aumento da umidade e maior risco de inundações em partes da região do Golfo. Países como os Emirados Árabes, onde há falta de infraestrutura de drenagem para lidar com chuvas intensas, podem sofrer mais.
Salvador x Dubai
Quantidade e frequência
Salvador apresenta um clima tropical úmido, com precipitação abundante ao longo do ano. A quantidade anual de chuva varia de acordo com a região da cidade, mas é significativa, sobretudo nos meses de abril a junho e de setembro a dezembro.
Dubai tem um clima desértico, com poucas chuvas. As precipitações em Dubai são raras e geralmente ocorrem durante o período de inverno, mas ainda assim em quantidades reduzidas.
Intensidade
As chuvas na capital baiana tendem a ser mais intensas, devido ao clima tropical e à influência de sistemas meteorológicos como a Zona de Convergência Intertropical. Em Dubai, quando ocorrem, as chuvas tendem a ser leves a moderadas, com exceção de eventos extremos muito raros.
Impacto e infraestrutura
Salvador está acostumada a enfrentar as chuvas e inundações pontuais em áreas mais vulneráveis. Além disso, a cidade possui infraestrutura para lidar com esses eventos, na maioria dos casos, como sistemas de drenagem. Dubai não está tão preparada para chuvas intensas devido à sua raridade, resultando em problemas de inundação, como visto recentemente. A cidade futurista carece de sistemas de drenagem para lidar com chuvas intensas.
NOTA DO CFF:
(...)Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos. (Eclesiastes 9: 2, 3)
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