O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, revelou à Polícia Federal (PF) detalhes de uma pressão exercida por Jair Bolsonaro e deputados do partido para ajuizar uma ação no TSE questionando o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo o depoimento prestado no dia 22 de fevereiro, Costa Neto afirmou que foi coagido após o "vazamento" de um relatório do Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para estudar o sistema de votação brasileiro.
"Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro insistiu com o declarante (Valdemar) para ajuizar ação no TSE questionando o resultado das urnas eletrônicas, respondeu que, quando houve o vazamento do relatório do IVL (Instituto Voto Legal), os deputados do Partido Liberal e então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE", afirmou Valdemar no depoimento, segundo informações de Igor Gadelha, do portal Metrópoles.
Além disso, Costa Neto afirmou que a ideia de contratar o IVL partiu do próprio Bolsonaro e que o instituto teria sido indicado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP).
A PF também questionou Valdemar sobre as chamadas "minutas do golpe", documentos que propunham subverter a ordem democrática para impedir a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um desses documentos foi encontrado na sede do PL em Brasília, em uma sala utilizada por Bolsonaro.
Costa Neto reafirmou à PF que havia recebido tais propostas, mas que sempre as descartou por considerá-las apócrifas e ilegais. Ele afirmou que destruía os documentos na sede do partido e nunca considerou a ideia de qualquer tipo de "golpe".
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