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Léo Índio com Jair e Carlos Bolsonaro (Foto: Reprodução)Léo Índio com Jair e Carlos Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Primo e ex-assessor de Carlos Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, já é investigado em outra ação envolvendo o clã e atuou como assessor de senador pego com dinheiro nas nádegas.

Alvo de busca e apreensão na 19ª fase da Operação Lesa Pátria, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, tem estreita ligação com o primo, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), e pode levar definitivamente o clã para o centro das investigações sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro.

Léo Índio foi incluído na investigação sobre os atos golpistas em abril pela Procuradoria-Geral da República. Ele já havia sido alvo de uma das primeiras fases da operação Lesa Pátria, no dia 27 de janeiro, por divulgar nas redes sociais uma foto em frente ao Congresso Nacional pouco antes do início das depredações, que atingiram ainda o Palácio do Planalto e o edifício-sede do STF.

Após a repercussão negativa da publicação, o sobrinho de Bolsonaro voltou às redes sociais para se explicar e disse que os olhos vermelhos eram por causa do gás lacrimogênio. Ele também iniciou a narrativa de que a depredação teria sido feita por "infiltrados" da esquerda, que foi propagada pelo clã e aliados do ex-presidente.

“Quem tem histórico de destruir patrimônio público é a esquerda. Focarão no vandalismo, certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogênio disparado pelas forças de segurança, que não focaram nos focos de destruição, jogaram em todos os manifestantes. Busquem os verdadeiros vândalos e também os covardes mascarados e fantasiados de patriotas”, escreveu após o 8 de janeiro.

A investigação de Léo Índio, principalmente das mensagens em seu aparelho, celular pode ligar diretamente o clã Bolsonaro nos atos do dia 8 de janeiro.

Assessor de Carlos Bolsonaro

Sem curso superior e profissão definida, Léo Índio disse em depoimento ao STF que era vendedor. Ele realmente vendia caças jeans antes da ascensão do clã na política, quando passou a orbitar principalmente a esfera do primo, Carlos, de quem chegou a ser assessor.

No início do governo Bolsonaro, ele atuava como uma espécie de olheiro do primo Carlos frequentando o Palácio do Planalto sem ter sido nomeado para cargo algum.

Flho de Rosemeire Nantes Braga Rodrigues, irmã de Rogéria Nantes, ex-mulher de Jair Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente, Léo Índio foi nomeado em abril de 2019 como assessor no gabinete do do vice-líder no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), com salário de R$ 22 mil.

Ele deixou o cargo em outubro de 2020 quando o senador foi pego em flagrante pela PF (Polícia Federal) com dinheiro nas nádegas. Após a demissão, ele passou a pedir emprego, mas seguiu ajudando o tio presidente.

Em agosto de 2021, ele atuou na arrecadação de dinheiro para viabilizar o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, em que Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de "canalha".

Juntamente com o atual deputado Marcos Gomes, o Zé Trovão, Léo Índio foi articulador do movimento que tinha como "pauta principal" retirar os 11 ministros do Supremo. Um mês depois, ele passou a ser investigado pela atuação.

Léo Índio também atuou como assessor da liderança do PL no Senado, mas foi exonerado por não trabalhar. Ele tentou se eleger deputado distrital em 2022 com a alcunha de Léo Bolsonaro, mas não obteve sucesso, terminando a eleição com 1.801 votos.

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