Marielle Franco, Nesse lugar da política: um mandato interrompido” foi elaborado por 4 ex-assessoras da vereadora assassinada a tiros em 2018
A jornalista Fernanda Chaves passou pelo maior trauma de sua vida no dia 14 de março de 2018. Naquela data, ela estava no carro com Marielle Franco e Anderson Gomes quando foi deflagrado o ataque brutal que matou a vereadora e o motorista no Rio de Janeiro. Única sobrevivente do atentado, Fernanda, agora, assina um livro sobre a vida e o "mandato interrompido" de Marielle.
“Marielle Franco, Nesse lugar da política: um mandato interrompido” foi lançado no último dia 29 de setembro pela Fundação Lauro Campos e pela fundação que leva o nome da vereadora do PSOL. A obra documental reúne vasto material contando a vida e o legado político de Marielle, desde o final da campanha eleiotal de 2016 até o dia do fatídico assassinato.
“O trabalho de pesquisa do livro, conduzido pela psicóloga Ana Marcela Terra, traz um vasto material biográfico de Marielle Franco, como registros fotográficos, textos e discursos. Toda a reunião do material é fruto de uma construção coletiva para documentar a trajetória de Marielle”, detalha, por sua vez, Priscila Britto.
Exposição
O livro "Marielle Franco, Nesse lugar da política: um mandato interrompido" foi lançado na exposição “Marielle Franco - Nesse Lugar”, organizada pela Fundação Lauro Campos e Marielle Franco e da Liderança do PSOL na Câmara Federal.
A mostra segue em cartaz de forma itinerante em Brasília.
Quem mandou matar Marielle e Anderson?
As mortes de Marielle e Anderson são somadas aos casos de homicídios não esclarecidos no Brasil. Para se ter ideia, apenas 37% dos homicídios praticados no País em 2019 – último ano com dados disponíveis, foram esclarecidos. O índice, que era de 44% em 2018, é da pesquisa Onde Mora a Impunidade, do Instituto Sou da Paz.
A mostra reforça a afirmação de protesto da família da parlamentar, amigos, sociedade, organizações no Brasil e no mundo contra a impunidade dos mandantes do assassinato de Marielle, que também vitimou de forma trágica o assessor da parlamentar, o motorista Anderson Gomes.
O crime completou cinco anos no dia 14 de março e ainda não houve conclusão sobre mandantes e motivações.
As investigações da Polícia Civil e do MPRJ apontaram o sargento reformado e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Ronnie Lessa como o autor dos disparos, com colaboração do ex-policial militar Élcio Queiroz.
Eles estão presos preventivamente desde 2019 e respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra a assessora de Marielle, Fernanda Chaves, que também estava no veículo e sobreviveu.
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