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Centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (Foto: Sergio Lima/AFP)Centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (Foto: Sergio Lima/AFP)

"A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas", afirmou Emmanuel Macron

Os Estados Unidos "condenam qualquer tentativa de fragilizar a democracia" no Brasil, afirmou o assessor Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, depois que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, em Brasília.

"O presidente americano, Joe Biden, acompanha de perto a situação e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inquebrantável. A democracia do Brasil não será sacudida pela violência", destacou Sullivan no Twitter. Um porta-voz da Segurança Nacional informou à AFP que Biden "tem sido informado e continuará sendo informado sobre isto".

O presidente francês, Emmanuel Macron, também se manifestou. Ele pediu "respeito às instituições democráticas" no Brasil e destacou o "apoio inabalável" da França ao presidente Lula, após a invasão de sedes do poder por ativistas bolsonaristas em Brasília.

"A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França", tuitou Macron.

Segundo um comunicado do Ministérios das Relações Exteriores francês, "a França condena fortemente a violência em andamento contra três instituições da democracia brasileira: o Congresso, a Presidência da República e a Suprema Corte".

"Esses ataques constituem um questionamento inaceitável do resultado de uma eleição democrática, vencida sem ambiguidade, em 30 de outubro, por Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu suas funções como Presidente da República Federativa do Brasil em 1º de janeiro. A vontade do povo brasileiro, que pronunciou-se de maneira soberana, deve ser respeitada", completou a chancelaria.

"A França manifesta seu apoio ao presidente Lula, eleito democraticamente, e ao seu governo. Ela garante sua solidariedade ao povo brasileiro", concluiu o texto.

Vários legisladores macronistas eleitos, assim como da oposição de esquerda, denunciaram os "ataques da extrema direita", comparando a situação com a invasão do Capitólio, em Washington, por partidários do ex-presidente Donald Trump, em 6 janeiro de 2021.

Em nota, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador afirmou ser "repreensível e antidemocrática a tentativa de golpe dos conservadores no Brasil, incentivados pela liderança do poder oligárquico, seus porta-vozes e fanáticos".

"Lula não está sozinho, tem o apoio das forças progressistas de seu país, do México, do continente americano e do mundo", acrescentou.

López Obrador já havia demonstrado anteriormente seu apoio ao presidente brasileiro. No dia 2 de janeiro, o presidente expressou sua felicidade pela volta de Lula ao poder.

"Foi, portanto, um grande acontecimento porque é o retorno de um projeto popular não oligárquico. E o presidente Lula enfrentou uma investida muito forte, que o levou à prisão injustamente", disse López Obrador na época em sua coletiva matinal.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández convocou a região a se unir contra "a reação antidemocrática".

"Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a @LulaOficial diante dessa tentativa de golpe que está enfrentando", escreveu Fernández em sua conta no Twitter.

Fernández acrescentou que "como presidente da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e do Mercosul, coloco os países-membros em alerta para que nos unamos nessa inaceitável reação antidemocrática que está tentando se impor no Brasil".

O presidente argentino também pediu para que os países demonstrem "com firmeza e união nossa total adesão ao governo eleito democraticamente pelos brasileiros liderado pelo presidente Lula".

"Estamos juntos com o povo brasileiro para defender a democracia e nunca mais permitir a volta dos fantasmas golpistas promovidos pela direita", insistiu.

Por sua vez, o chanceler argentino, Santiago Cafiero, expressou sua solidariedade a Lula "diante das ações golpistas de direita no Brasil" e ergueu "sua voz em defesa da democracia brasileira", no Twitter.

A presidência Pro Tempore da Celac, nas mãos da Argentina, manifestou "seu apoio ao governo de Lula, eleito pelo povo do Brasil, e repudia ações violentas contra as instituições democráticas brasileiras".

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