'Podem me matar', gritava manifestante que se recusava a abandonar local
Boa parte dos acampamentos bolsonaristas montados em frente a quartéis do exército foram desmontados espontaneamente pelos manifestantes após a posse presidencial de Lula, mas alguns se mantiveram de pé. Foi o caso de um instalado em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, que precisou ser dispersado pela Guarda Municipal na manhã desta sexta-feira (6).
Ironicamente, os bolsonaristas que clamavam por intervenção militar não se mostraram felizes quando ela chegou - tendo eles como alvo, não a democracia. Vídeos gravados pelo portal BHAZ mostram os ocupantes desesperados, chorando e gritando com o fim da mobilização, que ocorre desde novembro.
Os militantes seguiam entoando cânticos que questionavam o resultado das eleições presidenciais, enquanto os guardas retiravam os objetos. Em um dos registros, um rapaz aparece chorando. Em outro, dois idosos se abraçam, aparentando desespero. Um homem chegou a dizer que 'podiam matá-lo'. Confira algumas reações abaixo:
Vídeo 5
“Eu não tava aqui fazendo baderna. Eu tava com família aqui, pessoas lutando por vocês. E é você que tava em casa, curtindo a sua vida. Eu tava aqui lutando há 69 dias, eu peguei Covid nesse lugar. Eu peguei tudo que você imaginar de doença pra lutar por vocês”, diz um rapaz que veste a camisa do Brasil, aos prantos.
Os agentes de segurança pública desmontaram barracas e retiraram bandeiras do Brasil que foram estendidas. Alguns dos bolsonaristas chegaram atentar bloquear caminhões que recolhiam os materiais usados nos acampamentos.
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