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Esposa do empresário George Washington de Oliveira Sousa recebeu, ao menos, 16 parcelas do auxílio emergencial, entre abril de 2020 e julho do ano passado (Foto: Arquivo Pessoal)Esposa do empresário George Washington de Oliveira Sousa recebeu, ao menos, 16 parcelas do auxílio emergencial, entre abril de 2020 e julho do ano passado (Foto: Arquivo Pessoal)

Auxílio é destinado a famílias de baixa renda, mas bolsonarista investiu R$ 160 mil em armas

A esposa do empresário George Washington de Oliveira Sousa recebeu, ao menos, 16 parcelas do auxílio emergencial, entre abril de 2020 e julho do ano passado, segundo informações do Portal da Transparência.

Segundo apuração do portal Metrópoles, a mulher recebeu R$ 5,7 mil no período, mas devolveu seis dessas cotas à União, o que equivale a R$ 2,4 mil.

No entanto, o auxílio emergencial é uma política pública destinada para famílias pobres, em que a renda por pessoa da família deve ser de até meio salário mínimo, o equivalente a R$ 550.

A informação contrasta com a declaração dada por George Washington de que investiu R$ 160 mil em armas, o que não seria possível com uma renda baixa.

Sobre George Washington

O empresário George Washington de Oliveira Sousa disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal que estava pronto para “matar e morrer”, ao falar sobre a bomba que armou no aeroporto de Brasília na noite do último sábado, 24.

O paraense, que levou os artefatos de caminhonete até a capital federal, disse também que estava “preparado para uma guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois se considera um “defensor da liberdade”. George, assim como outros bolsonaristas, não aceita a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O homem, que é dono de uma rede de postos de gasolina no norte do país, deixou mulher e filhos na cidade de Xinguara (PA) e está integrado desde o término do segundo turno ao grupo que protesta contra a vitória do petista em frente ao Quartel-General do Exército do Distrito Federal.

Medidas

O ministro da Justiça, Anderson Torres, se posicionou sobre o episódio. Em sua conta no Twitter, Torres disse que oficiou a Polícia Federal para acompanhar as investigações e que responsabilizações serão feitas após conclusões oficiais.

Sobre o episódio

Uma bomba foi deixada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na manhã deste sábado, 24, em um caminhão-tanque. O artefato explosivo foi desativado pelo esquadrão antibomba da PMDF por volta das 13h20.

Segundo informações do Metrópoles, o dispositivo foi localizado em via pública, perto de uma concessionária de veículos. Devido a operação, que mobilizou a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, uma das pistas precisou ser interditada.

O artefato possui um acionador envolvido por fios, que, quando ligado, pode causar explosão. O procedimento para a remoção do objeto iniciou por volta de 11h55.

A PCDF investiga o caso. No Twitter, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, confirmou que a possível bomba foi encontrada pela manhã. Segundo a Inframérica, empresa que administra o aeroporto, apesar do local ser próximo ao aeroporto, não houve impacto nas operações do terminal aéreo.

Prisão

George, que foi preso acusado de deixar a bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no sábado, 24, queria 'causar o caos', segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido.

O apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à polícia que queria provocar uma explosão para chamar atenção para o movimento do qual participa. Os agentes encontraram um arsenal de armas e munições.

"Ele confessou que realmente tinha intenção de fazer um crime lá no aeroporto, que seria destruir um poste, uma coisa nesse sentido, para causar o caos, né. O objetivo dele era chamar a atenção justamente para o movimento que eles estão empenhados", disse o delegado durante entrevista coletiva no sábado.

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