Receio de pacientes é que olhares, comentários e assédio moral se transformem em violência
O número de casos de sofrimento mental tem aumentado, segundo terapeutas. A menos de duas semanas do segundo turno da eleição presidencial, que será disputado entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), os pacientes relatam que olhares "estranhos", comentários e assédio moral têm se tornado comuns. O receio é que estes gestos se transformem em violência física.
Entre pessoas negras e nordestinas que vivem na região Sudeste, há relatos de xenofobia associado ao grande número de votos de Lula no Nordeste. Bolsonaro, que tem percentual maior de votos no Sudeste, chegou a atribuir aos índices de analfabetismo no Nordeste a sua derrota na região.
"Esse assédio traz efeitos, como crises de ansiedade e medo de sair na rua", disse o psicólogo Mário Felipe de Lima Carvalho, que foi procurado por três pacientes de seu consultório particular no Rio de Janeiro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
"A precarização das condições de vida associada aos efeitos psíquicos da pandemia do coronavírus formaram um caldo de cultura preocupante no que se refere à saúde mental", alegou o psicanalista e pós-graduando em Filosofia na UFPA (Universidade Federal do Pará), Ronildo da Silva, também em entrevista ao veículo paulista.
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