Representante dos trabalhadores alega que Moraes prepara plano para proteger zonas eleitorais
Atos de violência que envolveram diretamente ou indiretamente a disputa eleitoral para presidente, como o assassinato de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR), a agressão contra pesquisador do DataFolha em Ariranha (SP) e uma janela com a bandeira do PT atingida por tiros em Recife, fazem com que muitas pessoas temam o momento atual, inclusive servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pediram ao presidente do órgão, Alexandre de Moraes, mais proteção nas zonas eleitorais.
“Nunca vivemos isso. Entre os diretores da Fenajufe, temos gente com 15 anos, 38 anos de justiça eleitoral, e eles relatam que nunca viveram uma eleição como essa se desenha”, disse a coordenadora da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Fernanda Lauria, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Os servidores do TSE esperam do presidente do órgão um esquema de segurança reforçado, principalmente por conta da animosidade dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL). “Não temos identificado nenhum reforço na segurança das zonas eleitorais, que é onde a eleição acontece de verdade. Nos TREs, o esforço já é visível. Na nossa visão, o lugar mais frágil hoje é a zona eleitoral”, conclui Lauria.
A zona eleitoral é o local em que são atendidos eleitores e candidatos, quando estes requisitam saber dos locais de votação, além de ser onde acontecem a preparação das urnas. No total, a Justiça Eleitoral conta com 22 mil servidores, sendo que a maioria deles atua em zonas eleitorais, que muitas vezes é confundida com seção eleitoral, que é o local onde as pessoas votam.
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