Em breve discurso, ministra se compromete a defender ‘a soberania do regime democrático’
A ministra Rosa Weber foi eleita nesta quarta-feira, 10, a nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A posse acontecerá no dia 12 de setembro, mas antes estava marcada para o dia 9. Segundo apurou o Estadão, o objetivo do remanejamento da cerimônia é distanciar a troca de comando no Supremo das manifestações convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o feriado de 7de setembro.
Weber recebeu 10 votos dos colegas e, em seu breve discurso pós-eleição, prometeu defender “a soberania do regime democrático”. Também na sessão desta quarta, o ministro Luís Roberto Barroso foi eleito vice-presidente do STF.
A tradição no tribunal prevê que o chefe do Poder Judiciário sempre será o ministro com mais tempo de casa e que ainda não tenha assumido o cargo.
"Em especial nesses tempos tumultuados que nós estamos vivendo, o exercício deste cargo trata-se de um imenso desafio", declarou Weber. "Vou procurar desempenhá-lo com toda serenidade e com a certeza do apoio de vossas excelências, que para mim será fundamental. E sempre na defesa da integridade e na soberania da Constituição e do regime democrático."
A próxima presidente do Supremo terá um mandato mais curto do que o dos seus antecessores que permanecem no cargo por dois anos. O motivo da gestão mais breve é a aposentadoria de Weber, que ocorrerá em outubro do ano que vem, quando a ministra completará 75 anos. Os magistrados da Suprema Corte são aposentados compulsoriamente quando chegam a essa idade.
Em dezembro de 2011, Rosa Weber tomou posse como ministra do STF em dezembro de 2022, indicada para a Suprema Corte pela então presidente Dilma Rousseff. Em 2018, ela assumiu a presidência do TSE e comandou as eleições daquele ano.
Ministra Rosa Weber
Natural de Porto Alegre (RS), a ministra Rosa Weber graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1971. Foi juíza do trabalho de 1981 a 1991 e integrou o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) de 1991 a 2006. Presidiu o TRT no biênio de 2001 a 2003.De 2006 a 2011, exerceu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), até ser nomeada para o STF.
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