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Policial penal Jorge José da Rocha Guaranho atirou e matou guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT (Foto: Reprodução)Policial penal Jorge José da Rocha Guaranho atirou e matou guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT (Foto: Reprodução)

O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho teve alta ontem (19) da UTI do Hospital Ministro Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR), e está consciente em um leito na enfermaria da unidade, segundo fontes ligadas ao caso.

Preso preventivamente sob custódia policial, ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e por colocar outras pessoas em risco. Na noite de 9 de julho, ele atirou contra o guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT. Arruda morreu no hospital. Após abrir fogo, Guaranho foi baleado pela vítima, que também estava armada.

Fontes ligadas à unidade de saúde confirmaram que Guaranho está internado na enfermaria. Procurada, a assessoria de imprensa do Hospital Costa Cavalcanti disse não ter autorização para divulgar informações sobre o estado de saúde de pacientes. A defesa de Guaranho não se manifestou.

O Ministério Público do Paraná informou que irá oferecer a denúncia à Justiça hoje (20), e fará uma entrevista em Foz do Iguaçu para "esclarecer fatos relacionados à investigação". Os promotores Tiago Lisboa Mendonça e Luis Marcelo Mafra Bernardes da Silva devem participar da coletiva.
Depoimento e laudos complementares

Ontem à tarde, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, atendeu um pedido do MP e autorizou que seja colhido depoimento complementar de uma pessoa já ouvida na investigação para identificar outras duas pessoas que estavam próximas a Guaranho no churrasco de confraternização em que ele ficou sabendo da festa em alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o policial penal foi ao local para "provocar" as pessoas que estavam na festa com gritos de apoio ao presidente e ataques aos petistas, segundo depoimentos de testemunhas.

A Polícia Civil do Paraná ainda aguarda laudos complementares, como a análise do celular do atirador, para apurar a eventual participação de terceiros, que possam ter incentivado a ação. As imagens das câmeras de segurança que captaram o crime também estão sendo usadas para que seja feita uma leitura labial dos envolvidos na cena.

A Justiça ainda ordenou que os investigadores solicitem câmeras do entorno para monitorar o deslocamento de Guaranho.

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