Prazo para o início da aplicação será definido pelo Ministério da Saúde
Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizaram nesta quarta-feira, 13, por unanimidade, o uso emergencial da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos.
A aplicação deve ser realizada em duas doses com intervalo de 28 dias e não houve restrição de uso em crianças imunossuprimidas.
O prazo para o início da aplicação deve ser definido pelo Ministério da Saúde.
A análise acontece após um pedido do Instituto Butantan. Diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres afirmou que a vacina é produzida no Brasil por uma instituição centenária, de credibilidade e "estabelecida no cenário nacional e internacional".
"Destaco a ausência de opções vacinais para a faixa etária aqui debatida, o que leva à necessidade de se buscar soluções para contemplar essa relevante parcela da população", disse.
Atualmente o imunizante é autorizado a adultos maiores de 18 anos e crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
A diretora Meiruze Souza Freitas, da Anvisa, relatora do pedido, citou que a Coronavac é autorizada em 56 países pela Organização Mundial da Saúde e contribuiu na redução de mortes e hospitalizações.
"Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus", disse.
Antes da votação, a Agência abriu o espaço para apresentação de pesquisadores externos com estudos sobre o imunizante.
A pesquisadora Valéria Valim, professora de Medicina do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam) da Universidade Federal do Espírito Santo, pontuou que a Coronavac em crianças de 3 e 4 anos é segura e não inferior a crianças maiores de 5 anos.
"Crianças de 3 e 4 anos são capazes de induzir títulos maiores de anticorpos comparado com crianças maiores de cinco anos, adolescentes e adultos", disse.
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