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Bolsonaro espera converter em votos os recursos investidos por meio do Auxílio Brasil (Foto: Evaristo Sá/AFP)Bolsonaro espera converter em votos os recursos investidos por meio do Auxílio Brasil (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Governo federal prioriza o programa por provocar maior impacto junto ao eleitor

O governo federal, que tem feito sucessivos cortes de verbas em programas sociais e benefícios, como no setor cultural, por exemplo, anda em direção oposta quando o assunto é Auxílio Brasil. O projeto produzido para substituir o Bolsa Família como legado de Bolsonaro foi turbinado com a proximidade das eleições, como aponta levantamento feito pela Folha, neste domingo, 10.

A reportagem destaca que projetos petistas como o Farmácia Popular e o Fies tiveram redução no orçamento desde o começo do governo Bolsonaro, e que o corte de verbas atinge diversas áreas, como habitação, saúde e educação.

A equipe econômica e a ala política do governo, diz a Folha, desenhou o Auxílio Brasil para quebrar recordes de famílias atendidas e valores transferidos, mesmo que isso exija “driblar regras de controle de gasto público”.

O governo espera aprovar a PEC Kamikaze sem dificuldade no plenário da Câmara, na terça-feira, 12, para, apesar das limitações legais em ano eleitoral, ampliar o valor do Auxílio Brasil para R$ 600 e zerar a fila de espera do programa.

Enquanto o Auxílio Brasil é turbinado, o número de casas entregues diminui, lembra a reportagem. O Casa Verde e Amarela, programa habitacional do governo, tem um orçamento de R$ 1,2 bilhão neste ano, o menor da história. De 2009 a 2018, a média destinada ao Minha Casa, Minha Vida, programa da era petista, chegava a R$ 12 bilhões por ano, aponta o levantamento.

O Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pela gestão dessa área, disse que "em razão do cenário de restrição orçamentária, o programa Casa Verde e Amarela foi impactado, assim como outros programas do governo".

A reportagem revela que o Casa Verde e Amarela acabou com a faixa do Minha Casa, Minha Vida, que atendia as famílias de renda mais baixa (e poderiam assinar contratos com subsídio de até 90% do valor do imóvel, sem juros).

"Ele [Bolsonaro] é a cara do Auxílio Brasil, a cara desse aumento [no benefício]. Assim, ele consegue tomar crédito político alto por isso. Manter o orçamento de outros programas [sociais] seria ótimo para a população, mas isso tem menos impacto na campanha política", disse Sérgio Praça, professor e pesquisador da Escola de Ciências Sociais da FGV, ouvido pela reportagem.

Na área da saúde, mais cortes. A Folha cita o programa Farmácia Popular, que perdeu 1,2 milhão de beneficiários no primeiro ano de governo Bolsonaro. O número de farmácias também foi reduzido para 30 mil unidades, antes eram 31 mil.

O Ministério da Saúde negou corte no orçamento, mas a reportagem informa que, por causa da inflação, a redução na verba chega a quase 25% na comparação com 2018, com recuo de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,4 bilhões.

Na Educação, tem o exemplo do FIES, programa que garante acesso da população de baixa renda ao Ensino Superior. O orçamento foi reduzido de R$ 22 bilhões em 2018 para R$ 5,5 bilhões neste ano.

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