De 192 países analisados, o Brasil ocupa a 142ª posição do ranking internacional de participação de mulheres na política. A classificação foi elaborada pela União Interparlamentar com base na composição dos parlamentos de cada país na esfera federal. Na América Latina, só o Haiti fica atrás do Brasil na lista, que foi atualizada em outubro.
No Brasil, as mulheres representam 15% da Câmara de Deputados, enquanto a bancada de senadoras eleitas em 2018 corresponde a 11,54% da Casa. Em 2018, foram eleitas 161 deputadas estaduais, o equivalente a 15,56% do total. Pela lei brasileira, os partidos são obrigados a destinar 30% de suas vagas a mulheres, com distribuição proporcional de recursos para campanha.
O número de vereadoras eleitas em 2020 (898) corresponde a apenas 16,51% dos assentos das câmaras municipais, embora as mulheres representem 52,50% do eleitorado.
Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei para combater violência política contra mulheres. A lei prevê pena de um a quatro anos de prisão, além de multa, para quem "assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo".
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