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Ate o momento presidente Jair Bolsonaro não conseguiu ser aceito em nenhum partido (Foto: Reprodução)Ate o momento presidente Jair Bolsonaro não conseguiu ser aceito em nenhum partido (Foto: Reprodução)

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro, sem partido há quase dois anos, investe esforços em atrapalhar o processo eleitoral de 2022 com várias ameaças e golpes malfadados, o tempo passa e ele fica cada dia mais distante de participar da disputa. Motivo: até o momento Bolsonaro não conseguiu ser aceito em nenhum partido.

Nas entrelinhas das várias notícias cujas manchetes anunciam conversas com pelo menos quatro legendas, aparece a verdadeira pedra do sapato de Bolsonaro: em cada partido que ele tenta entrar surge um racha interno em que parte significativa dos partidários rejeita a presença dele, seja por motivos ideológicos ou estratégicos.

PP dividido


Um dos exemplos é o Partido Progressista (PP): enquanto o presidente nacional da legenda torce para ganhar um novo filiado, as bases estaduais tencionam e querem manter distância do presidente. “Hoje tem alguma resistência em alguns estados, como Ceará e Bahia, mas é cedo para avaliar. Se ele [Bolsonaro] melhorar até o ano que vem, a tendência é que essa situação se equilibre no partido”, avaliou o presidente do PP, deputado federal André Fufuca (MA), em entrevista ao Estadão.

Nem precisa dizer que todas as estatísticas são unânimes em apontar um cenário totalmente oposto ao que Fufuca deposita esperanças.

Ainda no caso do PP, a resistência ocorre tanto dentro da legenda, quanto do lado dos apoiadores de Bolsonaro, que o acompanhariam para o novo guarda-chuva. Enquanto internamente o presidente é mal visto em estados nos quais o PP se alinha com a esquerda - como ocorre na Bahia - externamente, deputados bolsonaristas temem não ter espaço dentro da estrutura já consolidada nas bases.

PSL dividido

Outro partido com o qual Bolsonaro dialoga sem sucesso é o Partido Socialista Liberal (PSL). Aparentemente, os desentendimentos com o comando do partido que o levaram a sair da legenda em 2019 ainda não foram totalmente resolvidos. No saldo, o cenário é parecido: de um lado, o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, tenta negociar uma espécie de anistia para Bolsonaro, eliminando todas as sanções que foram impostas a ele pelo partido, para viabilizar o retorno; do outro, parlamentares do PSL, como o senador Major Olimpio (SP) e o deputado federal Junior Bozzella (SP), já se adiantaram em dizer que Bolsonaro não é bem-vindo.

Roberto Jefferson preso

Umas das propostas aparentemente mais promissoras e provavelmente mais arriscadas veio do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), através do presidente Roberto Jefferson, que prometeu a façanha de dissolver todos os seus diretórios regionais e compor novas chapas ao lado de Bolsonaro. "Ele achou excelente e disse Roberto, em você eu confio, você é um homem de palavra", disse Jefferson em entrevista à imprensa nacional, dias antes de ser preso na última sexta-feira (13) por determinação do Ministro Alexandre de Moraes.

Não é à toa que a prisão de Roberto Jefferson incomodou tanto o presidente da República.

Não houve informações de como os diretórios do PTB reagiram à proposta de Jefferson a Bolsonaro. Também não há, até o momento, posicionamento da presidente em exercício no partido sobre as negociações. O que se sabe é que Graciela Nienov, até então vice-presidente na legenda, é uma autodeclarada “leoa petebista, bolsonarista, conservadora, cristã e patriota”.

Sem Aliança

A saga de Bolsonaro por um partido não é novidade. O projeto inicial do presidente e dos seus filhos era que ele tivesse "um partido para chamar de seu", como declarou recentemente Flávio Bolsonaro. No entanto, após nove meses de juntada de assinaturas, o Aliança havia conseguido apenas 3% das 490 mil assinaturas necessárias para conseguir o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de o processo ainda estar em andamento, segundo dizem os representantes da futura (?) nova sigla, a busca por um guarda-chuva denuncia o real nível de esperança no sucesso da empreitada.

Na última terça-feira (17), em entrevista à imprensa nacional, o próprio Bolsonaro admitiu a dificuldade de encontrar um partido. “Por mim, eu já teria decidido, só que é um casamento difícil, né? Sempre tem um problema pela frente. Eu estou correndo atrás”, declarou.

De acordo com as regras atuais do TSE, todo candidato deve estar filiado no prazo máximo de até seis meses antes das eleições. A eleição presidencial de 2022 está marcada para acontecer no dia 02 de outubro. Ou seja, ele tem até 02 de abril de 2022 para encontrar um partido em que alguém além do presidente o aceite.

Correndo por fora

As dificuldades de Bolsonaro já começam a refletir nas suas bases: de acordo com notícias pulverizadas em vários portais que cobrem política nacional, vários parlamentares já desistiram de esperar pelo seu líder e estão negociando seus próprios acordos para garantir viabilidade na disputa. O medo é esperar demais e acabar ficando sem espaço e sem chances reais de eleição.

"Deus acima de tudo" enfim começa a fazer sentido...

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