“Porque é Natal, recordemos que o Holocausto não começou com as câmaras de gás, mas com falas de ódio proferidas por extremistas, encarnações do Anticristo, cuja máxima é odeia o teu próximo como a ti mesmo”, diz um dos trechos.
“Hoje é Natal. Mas ao invés da mão estendida para amizade, o gesto de arma apontada. O verbo matar já não dá conta. Falamos em torturar, fuzilar, abater. Gestos e palavras de ódio que precedem atos de ódio. Fallet fogueteiro, Paraisópolis, Amazônia, o extermínio em curso”, destaca.
Antonia relembra frases bizarras do presidente ao longo do seu primeiro ano de mandato. “’Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira’, ‘se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu no período militar, eu conto pra ele’, ‘você tem cara de homossexual terrível, nem por isso te acuso’, diz Bolsonaro, que também afirma: ‘costumo dizer que não falo o que o povo quer. Eu sou o que o povo quer’”.
“Solução é a bala”
“Na sociedade do ódio acalentada pelo presidente, cada um cuida da sua família. Ao outro, resta a aversão, a desconfiança, o medo. No pânico social de fundo, a solução é a bala, o 38, número da aliança por um país sem futuro. A cotidiana erosão do nosso pacto civilizatório resulta. Segundo pesquisa CNI-Ibope, 50% dos brasileiros aprovam a agenda de segurança pública do governo. Aprovam a ausência de política. O Estado zero. A guerra de todos contra todos”, acrescenta a escritora.
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