A alta hospitalar do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, prevista para ocorrer ao meio-dia deste sábado (29/9) já movimenta a portaria do hospital Albert Einstein, em São Paulo. Simpatizantes do candidato, policiais e imprensa, aguardam a saída do presidenciável. Ele está internado na unidade desde o dia 7 deste mês, depois de sofrer no dia anterior um atentado a faca em evento de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Antes da alta, o capitão da reserva que lidera as pesquisas eleitorais voltou a usar as redes sociais e, pelo Twitter, postou mensagem com críticas ao PT. Em outro post, destacou que o país está na lama por conta de um sistema falido decorrente de acordos corruptos, mas que sua liderança nessa corrida presidencial o deixa próximo de mudar essa realidade.
Bolsonaro e o ambiente que envolve essa acirrada e beligerante eleição presidencial conseguiram transformar a entrada do hospital Albert Einstein numa pequena Babel, onde os diversos idiomas se misturam e se confundem.
O pequeno espaço reservado à imprensa na lateral da entrada principal do hospital está sendo disputado palmo a palmo pelos repórteres, fotógrafos e cinegrafistas de veículos de comunicação de várias partes do mundo.
É grande também o número de viaturas policiais e de motocicletas da Policia em prontidão para fazer a escolta do candidato do PSL até ao Aeroporto de Congonhas, onde embarca para o Rio de Janeiro. Alguns militantes trajando camisetas com fotografias do capitão do Exército também começam a se reunir na frente do hospital. Mas o clima, apesar de agitado, é pacifico.
Tensão
A própria campanha de Bolsonaro protagonizou nas duas últimas semanas momentos de tensão que demandaram a intervenção do candidato mesmo do leito hospitalar. No primeiro, o economista Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro sinalizou em uma entrevista que poderia reeditar a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). Os adversários reagiram e Bolsonaro desmentiu pelas redes sociais o seu guru econômico, que ele batizou de “Posto Ipiranga”.
Depois foi a vez do candidato a vice, General Mourão, dizer que filhos de classes mais baixas criados em lares sem pai, apenas por mães e avós eram uma fábrica de desajustados.
E, nesta semana, o general voltou à carga, criticando o pagamento de 13º salário e do abono de férias aos trabalhadores brasileiros. Mais uma vez, o capitão da reserva voltou às redes sociais para desautorizar o general, dizendo que os críticos dos direitos trabalhistas, que são cláusula pétrea, desconhecem a própria Constituição do país.
Na sexta, 28, foi a vez do próprio Bolsonaro lançar de novo suspeição sobre as urnas eletrônicas e questionar a legitimidade do resultado dessas eleições, caso ele não seja eleito, em entrevista à TV Bandeirantes.
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