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Economia

A Petrobras anunciou ontem que o Conselho de Administração da estatal aprovou ajustes no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019, reflexo da revisão de projeções em relação ao câmbio e para o preço do petróleo no período. O dólar se valorizou, elevando as dívidas da empresa lá fora, e o petróleo ficou mais barato no mercado internacional, reduzindo o ganho da empresa com a venda do produto.

Como resultado, a companhia reduziu em US$ 32 bilhões (equivalente a R$ 128 bilhões), a previsão de investimentos para o período e o mercado financeiro respondeu com a desvalorização de 9,19% no valor das ações da empresa, que terminaram o dia cotadas a menos de R$ 6 – menor patamar desde 2004.

Após a mudança, o PGN 2015-2019 prevê US$ 98,4 bilhões em investimentos no período, contra os US$ 130,3 bilhões planejados inicialmente. A redução, segundo a empresa, decorre da otimização do portfólio de projetos (-US$ 21,2 bilhões) e do efeito cambial (-US$ 10,7 bilhões).Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalha que do total previsto até 2019, a maior parte será destinada à área de Exploração e Produção, que receberá 81% do investimento projetado, ou US$ 80 bilhões. A área de Abastecimento ficará com 11% dos investimentos previstos, o equivalente a US$ 10,9 bilhões. Já o segmento de Gás e Energia receberá 6% da verba, ou US$ 5,4 bilhões, enquanto as demais áreas receberão US$ 2,1 bilhões. A empresa detalha ainda que no ano de 2015, os investimentos devem somar US$ 23 bilhões e cair para US$ 20 bilhões este ano. Os desinvestimentos – venda total ou parcial de bens – da estatal para o biênio 2015-2016 foram mantidos em US$ 15,1 bilhões, tendo atingido o montante de US$ 700 milhões em 2015.

Perspectivas
Os planos da Petrobras foram revisados para um cenário em que o preço de referência do barril do petróleo (Brent) ficou no valor médio de US$ 45. A princípio, o PNG considerava um valor de US$ 70 por barril neste ano. Ontem, o preço do barril chegou a ser cotado abaixo dos US$ 30.

As projeções para o câmbio também foram revisadas. O número estimado para 2016 foi elevado para R$ 4,06, de R$ 3,80 em outubro passado. A expectativa da Petrobras para a relação entre dólar e real já havia sido revisada em relação à previsão inicial, que era de R$ 3,26.

No caso de 2015, o câmbio médio ao final do ano ficou em R$ 3,33, contra os R$ 3,10 previstos inicialmente e os R$ 3,28 revisados em outubro. Ou seja, as revisões apresentadas pela estatal em outubro não se confirmaram no decorrer dos meses seguintes e as previsões da Petrobras para 2015 não se confirmaram.

“Estes ajustes visam a preservar os objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valor para os acionistas, estabelecidos no PNG 2015-2019, à luz dos novos patamares de preço do petróleo e taxa de câmbio”, justificou a estatal, em nota, à CVM.

Impacto na Bolsa
A Bovespa encerrou ontem  a quinta sessão consecutiva em baixa e a sexta em sete sessões. Afetada pelo tombo de Petrobras e a Vale, o principal índice à vista voltou a alcançar o menor nível desde março de 2009.  O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,09%, aos 39.513 pontos, menor nível desde 17 de março de 2009 (39.510,72 pontos). Nos últimos cinco pregões de baixa, o índice acumulou perdas de 6,85% e, no mês, caiu 8,85%. O giro financeiro ontem totalizou R$ 4,756 bilhões.

A Petrobras PN (que tem prioridade para receber dividendos) desabou a 9,20%  e apresentou a maior queda do Ibovespa, enquanto os papéis ON (que dão direito a voto), 7,65%. A estatal carregou consigo o Ibovespa para baixo, ajudada pelo tombo da Vale, em um sinal de que o corte foi mal recebido pelo mercado financeiro.

O petróleo chegou a subir pela manhã, mas virou no começo da tarde. O barril negociado na Bolsa de Nova York chegou a ser vendido abaixo de US$ 30, por 29,97 o barril na menor cotação do dia. A desaceleração da economia da China, o dólar valorizado e o Inverno ameno no Hemisfério Norte, em especial nos EUA, foram as justificativas para o recuo da commodity.

 

 

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