Ambulâncias do SAMU, que deveriam estar salvando vidas, foram transformadas em sucata por falta de manutenção. - Foto: Divulgação
A crise na saúde pública de Camaçari ganha contornos ainda mais graves com as denúncias de abandono e descaso deixados pela gestão de Antônio Elinaldo. Unidades de saúde sem água, equipamentos inutilizáveis, mobiliário degradado e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) sucateadas refletem o impacto de decisões que priorizaram cortes e suspensão de contratos essenciais em detrimento do bem-estar da população.
Um diagnóstico realizado pela nova gestão, comandada pelo prefeito Luiz Caetano, expôs uma realidade alarmante. Ambulâncias do SAMU, que deveriam estar salvando vidas, foram transformadas em sucata por falta de manutenção. Contratos como o de manutenção dessas ambulâncias (nº 0347/2019) e o fornecimento de oxigênio (nº 0155/2021) foram suspensos pela gestão anterior, resultando em um colapso nos serviços essenciais.
A suspensão dos contratos também afetou a manutenção de equipamentos médicos, a limpeza e desinfecção das ambulâncias (contrato nº 0045/2022) e o fornecimento de serviços de fisioterapia e atendimento especializado em clínicas terceirizadas. O impacto direto dessas medidas é sentido por pacientes que enfrentam filas intermináveis e por profissionais que trabalham em condições desumanas.
Postos de saúde em colapso
A precariedade nas unidades de saúde de Camaçari também é fruto da ausência de contratos de manutenção. Diversos postos estão sem água, equipamentos fundamentais estão quebrados e o mobiliário encontra-se danificado. A falta de computadores nas unidades de saúde prejudica o agendamento de consultas e o controle de prontuários, agravando a situação.
Um servidor, que preferiu não se identificar, desabafou: “Essas ambulâncias poderiam estar salvando vidas, mas a negligência transformou um patrimônio público em sucata.” Outro profissional destacou a dificuldade de trabalhar sem infraestrutura: “Como podemos oferecer um atendimento digno à população nessas condições?”
Suspensão de contratos: um reflexo de retaliação política?
A suspensão de 16 contratos essenciais na área da saúde ocorreu logo após as eleições municipais de 2024, em que o candidato apoiado por Elinaldo, Flávio Matos, foi derrotado. A medida, que inclui serviços cruciais como o fornecimento de gases medicinais e a manutenção das ambulâncias, foi interpretada como uma retaliação política que prejudicou diretamente os moradores.
Além dos cortes na saúde, contratos para serviços de esporte, vigilância e salva-vidas também foram encerrados, resultando em tragédias, como a morte de um jovem no último domingo (17), quando não havia salva-vidas na praia.
A resposta da nova gestão
Diante do caos instalado, o prefeito Luiz Caetano assumiu o compromisso de reconstruir a saúde pública de Camaçari. Em pronunciamento, ele garantiu a recuperação das ambulâncias, a manutenção dos postos de saúde e a reativação dos serviços essenciais. “A saúde de Camaçari foi abandonada, mas não vamos medir esforços para reconstruí-la. Os moradores voltarão a ter o atendimento digno que merecem,” declarou.
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