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Enquanto o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) e seus secretários não encontram uma solução viável para o transporte público municipal, quem paga a conta é toda população (Foto: Reprodução)Enquanto o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) e seus secretários não encontram uma solução viável para o transporte público municipal, quem paga a conta é toda população (Foto: Reprodução)

Após três anos de inúmeras tentativas, as cooperativas de transporte de Camaçari conseguiram que a prefeitura aumentasse as tarifas de passagem. No entanto, esse aumento, sozinho, não vai garantir as melhorias necessárias para que a população receba um bom atendimento.

Seis por meia-dúzia

Um dos principais motivos para essa realidade é o aumento do preço do óleo diesel: coincidência ou não, menos de 24h após a prefeitura publicar o aumento de R$ 0,70 (setenta centavos), o valor do combustível subiu R$ 1 (um real). Ou seja, uma das principais demandas do aumento - equilibrar a balança entre os custos e a arrecadação - não será suprida.

Além disso, após três anos atendendo em condições tão precárias que várias empresas simplesmente abandonaram a prestação de serviço, os permissionários acumulam perdas e prejuízos: dezenas de veículos quebrados, parados na garagem, por falta de recursos para o reparo.

"Foi uma vitória, porque aos poucos, vamos conseguindo nossas metas, mas o sofrimento continua. porque, por exemplo, a tarifa era R$ 3,60 e o óleo diesel R$ 2,90. Agora, com o reajuste, a tarifa foi para R$ 4,30, mas o óleo foi para R$ 6,70. Então, é um vitória, mas o sofrimento continua, porque não temos nenhum tipo de apoio, nenhum incentivo, nenhuma ajuda do município", relatou Cleidson Borges, presidente da Cooperunião, que faz o transporte entre a sede, a orla e a zona rural do município.

Sabe, mas não faz

Em release enviado à imprensa, a Prefeitura classificou as tarifas como "defasadas há três anos" e diz que o objetivo do aumento é "preservar a continuidade do serviço de transporte público". Ou seja, a Prefeitura tem consciência que o valor da passagem está abaixo do necessário para custeio da operação e que as dificuldades enfrentadas pelos permissionários podem provocar a paralização total do transporte. Ainda assim, nenhuma ação forte foi tomada.

Sem prazo para licitação


Entre as possíveis soluções reais para o problema do transporte público, a mais falada pelo governo municipal é a licitação para concessão. No entanto, as tentativas anteriores sofreram a chamada "deserta", quando nenhuma empresa se interessa em participar da disputa. Mais uma prova de que as condições comerciais para operar o transporte público dentro da cidade são economicamente inviáveis. Agora, a Prefeitura afirma estar preparando um novo certame, que será lançado "o mais breve possível", ou seja, sem prazo definido.

Um dos problemas, a atuação do transporte ilegal de passageiros conhecida como "ligeirinhos" foi mais uma vez ignorado pela prefeitura. Incentivos fiscais, normalmente oferecidos às indústrias, também não entraram na pauta. Auxílio financeiro, oferecido a outros setores prejudicados durante a pandemia, ficou igualmente de fora das negociações. Os três são demandas apresentadas pelas cooperativas em todas as reuniões com o poder público.

A população paga a conta

Enquanto o prefeito Elinaldo Araújo (DEM) e seus secretários não encontram uma solução viável para o transporte público municipal, quem paga a conta é toda população. Vale lembrar que os permissionários e cooperativados também são cidadãos camaçarienses. Ou seja, de todos os lados, a população sai prejudicada.

Novos valores

Os novos valores do Transporte Coletivo por Ônibus e do Transporte Especial Complementar com vigência partir da 0h do sábado (5/3), foram publicados nesta sexta-feira (4/3), através do decreto número 7.723, de 4 de março de 2022, no Diário Oficial do Município de número 1.861.

Estão mantidas as tarifas diferenciadas para o pagamento por meio do cartão Camaçari Card. E os valores passam a ser os seguintes: na sede, R$ 3,90 em espécie e R$ 3,60 com o cartão; e para a Costa de Camaçari, com origem sempre do centro, para as localidades de Arembepe, Jauá, Vila de Abrantes, Catu de Abrantes, Cordoaria, Açu da Capivara e Cajazeiras de Abrantes, de R$ 4,30 em espécie e R$ 4,00 no cartão, já para as localidades de Barra do Pojuca, Fazenda Cajazeira, Tiririca, Jordão, Lagoa Seca, Barra do Jacuípe, Guarajuba e Monte Gordo passam a ser R$ 6,00 em espécie e R$ 5,50 com o Camaçari Card.

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