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Análise não levou em consideração o porte das cidades, parâmetro que também influencia diretamente no poder de disputa dos partidos para 2022 (Foto: Reprodução)Análise não levou em consideração o porte das cidades, parâmetro que também influencia diretamente no poder de disputa dos partidos para 2022 (Foto: Reprodução)

Historicamente, uma eleição sempre é termômetro para o próximo pleito: ganhar ou perder espaço, seja numa eleição municipal ou parlamentar, acaba ditando rumos, seja de continuidade ou mudanças, que os partidos precisam adorar para a disputa seguinte.

Se a história se repetir em 2022, o DEM tende a surfar na crista da onda, o PT precisa correr atrás do prejuízo, PP e PSD têm muito a comemorar enquanto MDB e PSDB devem estar contabilizando o tamanho do prejuízo até agora. Isso, considerando o número de prefeituras que esses partidos ganharam e perderam em 2020.

Enquanto o DEM foi o partido com maior crescimento - venceu em 203 cidades a mais que em 2016 e, a partir de 2021, passa a gerir 476 prefeituras (antes eram 273) o PT perdeu 72 municípios e, a partir de 1º de janeiro, terá 183 cidades.

Logo atrás do DEM em número de novas prefeituras conquistadas, mas três casas acima em relação ao total de cidades sob seu bastião vem o PP, do vice governador da Bahia, João Leão: o partido elegeu 198 prefeitos a mais que 2016 e agora conta com 698: 222 à mais que o DEM.

Também da frente do Democratas (DEM) em total de cidades sob sua administração está o PSD: terceiro partido com mais prefeituras a partir de 2021, a legenda conseguiu eleger 120 candidatos a mais que no pleito anterior e agora vai governar 663 cidades.

O PSDB foi o partido que mais perdeu prefeituras (273) e passou de segundo para quarto na lista de partidos com mais prefeitos no país. O segundo partido na lista dos "derrotados" foi o MDB (antigo PMDB). Apesar de ter perdido 247 prefeituras, a legenda segue concentrando o maior número de municípios do país sob seu domínio: 806.

Proporcionalmente, os partidos com maior crescimento foram o PODE (antigo PTN), PSL e o Patriota. Os três mais que triplicaram o número de cidades sob seu comando: o primeiro passou de 30 para 105; o segundo de 30 para 92 e o terceiro de 13 para 50. Já o REDE ficou na mesma: permanece com 6 prefeituras.

Três partidos não conseguiram eleger nem reeleger seus candidatos e ficaram sem nenhuma prefeitura, todos eles haviam elegido candidatos em 2016: PPL, que tinha 05 prefeituras; PHS, que tinha 38 e PRP que tinha 18.

Vale destacar que essa análise não levou em consideração o porte das cidades, parâmetro que também influencia diretamente no poder de disputa dos partidos para 2022. Esta análise foi feita com base numa tabela de dados compilados pela BBC News Brasil.

Veja abaixo a lista completa de partidos, por ordem de número de prefeitos (as) eleitos (as)


PARTIDO

PREFEITURAS 2020

PREFEITURAS 2016

MDB (ex-PMDB)

803

1050

PP

698

500

PSD

663

543

PSDB

533

806

DEM

476

273

PL (ex-PR)

351

300

PDT

320

355

PSB

258

411

PTB

217

265

10º

REPUBLICANOS

214

106

11º

PT

183

255

12º

CIDADANIA

141

124

13º

PSC

117

86

14º

PODE (ex-PTN)

105

30

15º

SD

95

61

16º

PSL

92

30

17º

AVANTE

83

12

18º

PATRIOTA (ex-PEN)

50

13

19º

PCdoB

46

82

20º

PV

46

102

21º

PROS

42

50

22º

PMN

13

28

23º

PRTB

6

9

24º

REDE

6

6

25º

PSOL

5

2

26º

DC (ex-PSDC)

1

8

27º

NOVO

1

0

28º

PMB

1

4

29º

PTC

1

16

30º

PHS

0

38

31º

PPL

0

5

32º

PRP

0

18

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