O CFF não cobriu o evento, apenas recebeu imagens (por isso a qualidade das fotos) e informações de seus leitores, que registraram o fiasco que 'a chuva' impôs ao governo do prefeito Antonio Elinaldo
A prefeitura de Camaçari tinha em mente fazer uma 'grande festa' na "inauguração" da Avenida Luis Eduardo Magalhães, conhecida pela população como Avenida Comercial, nesta sexta-feira, 20. A previsão, da prefeitura e não "da natureza, como também não da população", era que, com a presença das autoridades e celebridades, no quesito "presença popular", houvesse o que de melhor em recepção pudesse ser oferecido para os convidados ilustres, sobretudo para o prefeito de Salvador, e sobrinho do falecido deputado homenageado, Antonio Carlos Magalhães Neto, ou como é mais conhecido, ACM Neto. Mas não aconteceu assim. A chuva jogou água nas pretensões do governo.
Entre outras tantas celebridades que falaram, falou o vice-prefeito, José Tude (PMDB), falou o deputado federal Paulo Azi (DEM), falou o prefeito Antonio Elinaldo (DEM), e falou o prefeito de Salvador, virtual candidato a governador do Estado, e negável estrela principal da noite e foco da pretensa festa, ACM Neto (DEM), só que não para o publico, por que não teve publico. Todo púbico estava debaixo do toldo das celebridades, sendo as próprias celebridades, com seus familiares, e autoridades políticas locais, e alguns poucos "corajosos" se molhando.
O Camaçari Fato e Fotos (CFF) não cobriu o evento, apenas recebeu imagens (por isso a qualidade das fotos) e informações de seus leitores, que registraram o fiasco que "a chuva" impôs ao governo do prefeito Antonio Elinaldo, com sua pretensão de dar um show de popularidade perante seus convidados com a "inauguração" e, por conseguinte, projetar o nome do seu pretendente a mandatário do estado da Bahia a partir de 2019, na mente da população camaçariense. O que não conseguiu. Não a toa não se vê fotos abertas "do público" do evento, que desminta o CFF, pelas páginas das redes sociais dos "simpatizantes" da gestão, como nem mesmo no site oficial da prefeitura.
Obra contestada pelo ex-prefeito Ademar Delgado, que chegou a "reivindicar" a titularidade da homenagem, sugerindo, sem nenhum cabimento, o seu próprio nome, a Avenida Comercial, agora "batizada na cabeça porem muito provavelmente não no coração da população", como Deputado Luiz Eduardo Magalhães, com o ocorrido, falta de publico sem precedentes se considerado que a chuva não foi forte o suficiente para ser considerada a vilã do ocorrido, e as forças que a prefeitura empregou para inauguração do seu "principal feito" nesses quase um ano de gestão, e tudo mais que envolve a verdade sobre a obra, deve entrar para a história política da cidade, como um dos principais "bola-fora" da carreira política recente do prefeito Antonio Elinaldo, e ainda tendo à tira-colo tanto político de "peso".
Mas a falta de publico não foi o único dos problemas. Desconhecedor, talvez, porém se era agora mais não, de que o produto desde o seu nascedouro não é fruto duma iniciativa do seu correligionário político, o prefeito Antonio Elinaldo, mas sim do seu antecessor Ademar Delgado, desde a verba federal (R$ 52 milhões, que, aliás, é preciso saber quanto disso foi aplicado nessa obra); a licitação, como também o contrato com a Campbel Construcões e Terraplanagem Ltda, CNPJ: 32.643.090/0001-25, para execução, desde novembro último, ACM Neto, empolgado, se espalhou: "É importante desenvolver ações e projetos que reflitam na melhoria da qualidade de vida da população e por isso fico muito feliz em ver o resultado dessa obra, que vai garantir mais conforto, segurança e mobilidade para pedestres, ciclistas e condutores". Sem saber ele, ou sabendo, vá saber, que se não houvesse sido encontrado 'tudo pronto', logo nem o desenvolvimento e nem o projeto pertencem a seus correligionários, como pensava ACM Neto, sabe-se lá se algo semelhante teria sido feito.
Porém, pior fez o prefeito Elinaldo. Profundo conhecedor de que a iniciativa tem mesmo "outro pai", endossando a mentira, e esquecendo de que a transparência não havia sido convidada para o evento, mas citando o nome 'da ilustre vitrine', se jogou: "Vou continuar investindo de forma transparente e com responsabilidade, quero ver a nossa cidade mais bonita e digna do seu povo e das riquezas que tem", disse, como quem entende que "já fez muito", com o quê não concorda a população, expressada inegavelmente pela ausência da massa no evento.
Os que estavam embaixo do toldo, juntamente com amigos e familiares, foram: o prefeito Antonio Elinaldo, o vice-prefeito José Tude, o prefeito de Salvador, ACM Neto, os prefeitos de Feira de Santana, José Ronaldo, de Serrinha, Adriano Lima, e de Simões Filho, Diógenes Tolentino, e os deputados federais, Paulo Azi, Benito Gama e José Carlos Aleluia, além dos deputados estaduais Luciano Simões Filho e Sidelvan Nóbrega; também embaixo do toldo, vereadores, secretários municipais e lideranças comunitárias de Camaçari e dos municípios de Salvador, Simões Filho, Dias D'Ávila, Lauro de Freitas e de Pojuca. Sem deixar de observar que a relação dos presentes foi extraída do próprio portal oficial do governo, e avaliando as imagens, nada mais precisa ser dito sobre o "sucesso" do evento que esperava 10 mil pessoas ter a presença de não mais que 300 cabeças incluindo os próprios "de dentro".
Visto o fiasco e o vexame a que se viram expostas tantas celebridades politicas, o que não dá para negar, para quem crê, é que Ademar Delgado, "o injustiçado", ou "o inocente", deve ter cruzado os dedos com tanta fé e força para que a festa 'miasse', como diz no dito popular, como de fato 'miou', por não ter ao menos sido "lembrado", que vendo isso a prefeitura, que acaba de dar um show de inabilidade, principalmente essa gestão que despreza a força da tecnologia comunicacional desse tempo, deve pensar duas vezes antes de não fazer diferente noutra situação onde encontre registrado o dedo moço.
Nota
No tocante à 'descoberta do projeto', imaginando a cena, é possível ver alguns que, diante das papeladas oficiais percebem o projeto, a verba, a ata licitatória, o contrato assinado para a obra, e mais adiante, ou mais atrás, uma lei sancionada dando certo nome à Avenida, que, dado às pretensões para "logo ali adiante", deve ter brilhado como uma jazida de ouro aos olhos 'da turma'. O problema é a perna curta 'd'alguma coisa' que foi esquecido que existe. Predeu-se portanto a oportunidade de, ao invés de sofrer essa carga, sair bem "na fita" dando a César o que é de César diante da comunidade.
Quando fizer bonito, também vai ser dito. Portanto, juízo...
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Placa onde vê-se data e valor da verba arregimentada pelo ex-prefeito Ademar Delgado, para essa obra que inclusive teve a resistência do então vereador Antonio Elinaldo
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