Trabalhadores fecharam os acessos ao Polo Industrial de Camaçari nas primeiras horas desta sexta-feira (Foto: Bispo da Cultura)
Com vias interditadas e categorias de braços cruzados, mais uma Greve Geral acontece nesta sexta-feira (30), em todo Brasil. Contra as reformas trabalhista e da previdência, os manifestantes também vão as ruas protestar contra o desastroso governo do presidente Michel Temer (PMDB). Em Camaçari, várias categorias anunciaram adesão à paralisação dentre eles comerciários, metalúrgicos, vigilantes, químicos, petroquímicos e rodoviários.
Com a Greve Geral, vias importantes de acesso a sede do município e ao Polo foram bloqueadas por manifestantes ainda na madrugada de hoje. Na capital baiana, duas manifestações marcam a data: uma no Iguatemi, realizada a partir das 6h da manhã, e outra no Campo Grande, às 15h.
Com duração de 24 horas, veja as categorias que aderiram e as que estão fora da paralisação na capital baiana:
Ônibus - Os rodoviários afirmaram que não vão paralisar as atividades. "Os ônibus vão sair no horário normal e 100% da frota estará na rua", assegurou Edson de Souza, diretor de esporte e lazer do Sindicato dos Rodoviários. Porém, os trabalhadores vão participar da manifestação no horário oposto ao turno de serviço.
O presidente do sindicato, Hélio Ferreira, afirmou que os motoristas fecharão algumas ruas nesta sexta, mas não informou quais locais serão interditados. "Os motoristas vão se reunir e reforçar as paralisações junto com os movimentos sociais. Vai ter gente protestando no turno oposto ao do trabalho e também vai ter gente trabalhando e manifestando ao mesmo tempo", disse.
Para o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, a adesão da categoria dos rodoviários já era certa. "A confirmação dos rodoviários é mais um fortalecimento da luta contra os desmontes da previdência, contra a reforma trabalhista e para mostrar que os trabalhadores não estão satisfeitos com situação política do Brasil. Por esse motivo, essa grande aderência das classes trabalhadoras à Greve Geral".
Bancos - Os bancários vão aderir à paralisação e agências bancárias devem estar fechadas em todo o Estado. Já o Sindicato dos Vigilantes vai fazer uma ação pela capital mobilizando os trabalhadores a deixarem os seus postos de serviço, inclusive atrasando a abertura de agências do INSS.
Saúde - Os servidores do serviço público de saúde prometem paralisar o atendimento ambulatorial, suspendendo a realização de consultas e exames. Já os pacientes internados continuarão recebendo atendimento, mas em escala reduzida, já que os profissionais vão trabalhar em regime de feriado. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos normalmente. As Dires de todo o Estado deverão estar fechadas nesta sexta.
Educação - Os professores de escolas do Ensino Básico também vão aderir ao movimento, mas a paralisação não terá impacto porque as unidades de ensino estão em período de férias escolares. Já na Ufba, muitos professores optaram por suspender as aulas nesta sexta-feira.
Prefeitura - A Prefeitura de Salvador informou que o expediente das repartições públicas municipais será normal durante a paralisação sindical. A administração advertiu que os servidores que faltarem sem justificativa terão os pontos cortados. De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), cada caso de ausência, se houver, será avaliado individualmente, inclusive levando em conta uma eventual paralisação de ônibus.
A Prefeitura de Camaçari não se posicionou sobre a mobilização. Na Greve Geral realizada em abril, a gestão camaçariense adotou o mesmo posicionamento anunciado por Salvador.
Outras categorias - De acordo com a CUT, a lista de categorias que vão participar do movimento nacional inclui ferroviários; petroleiros; químicos; servidores públicos federais, estaduais e municipais; previdenciários; correios; vigilantes; bancários; metalúrgicos; comerciários; professores; Sintel; Sindiferro; Sindicato dos profissionais em pesquisa; Sindiborracha; Sindicatos da agricultura familiar; Sintercob; e Sindalimentação.
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