A partir desta quinta-feira (01/12), a ACMAV Administração de Serviços Ltda encerra a prestação de serviços para a Prefeitura de Camaçari. A decisão foi comunicada na quarta-feira (30), em ofício encaminhado para a Secretaria de Administração, Lezineide Andradade. Os funcionários alocados no serviço municipal já haviam realizado denúncias e mobilizações por conta de salários e benefícios atrasados.
Com o encerramento do contrato, escolas e outros órgãos públicos ficam sem profissionais de serviços gerais e merendeiras. A situação que já era crítica, agora beira ao insustentável. Sem acordo com o governo municipal, o Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública de Camaçari (Sispec), orienta que cada unidade de ensino deve analisar se existe condições de manter o funcionamento (aulas) ou não.
Em resposta a demissão em massa e ausência de serviços, a direção da Escola Cosme de Farias divulgou uma nota em sua página no Facebook informando sobre a paralisação das atividades por tempo indeterminado. “Não há previsão de retorno das atividades escolares em virtude da demissão de todas as funcionárias da empresa ACMAV que era responsável pela limpeza da escola”, avisa a direção no comunicado.
De acordo com a nota, a escola localizada no Phoc I “encontra-se suja e os banheiros sem condições de uso”. A decisão teria sido tomada por direção e professores em sinal de protesto e insatisfação pelo descaso.
Descaso
Na semana passada, uma moradora do bairro Camaçari de Dentro chamou uma equipe de poda e jardinagem para acabar com o matagal que estava tomando conta da escola municipal Félix Joaquim de Moraes e colocando em risco as crianças que estudam no local. Ana Bulgarin pagou o serviço do próprio bolso para evitar que crianças de sete ano ficassem expostas ao risco de animais peçonhentos e proliferação de insetos. Confirmando o risco, durante a roçagem os funcionários da empresa de jardinagem encontraram uma cobra nas dependências da escola.
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