Um ano atrás as demissões na Ford e empresas sistêmicas geraram um grande impacto no comércio local, afetando desde alugueis de imóveis até o mercado varejista. Nem bem o comércio conseguiu se recuperar e já sofrerá com uma nova onda de demissões, dessa vez provocadas pela crise financeira na Câmara Municipal, na Prefeitura Municipal de Camaçari e empresas terceirizadas.
Número aproximados mostram que aproximadamente, na sua totalidade, desde que começou a onda de demissões, mais de 1.200 mil funcionários entre comissionados da Prefeitura e Câmara Municipal e terceirizados serão demitidos até o final desse mês. Isso sem falar no não pagamento de contratos de terceirizadas que resultarão no não pagamento de salários de funcionários terceirizados.
A consequência será um efeito cascata que afetará toda cadeia produtiva local. Com mais pessoas demitidas e sem dinheiro, compra-se menos nas quitandas e mercadinhos dos bairros, atrasa-se pagamentos de alugueis de imóveis, demite-se secretárias domésticas, suspende-se serviços de diaristas, cai o movimento nos bares e restaurantes da cidade, não haverá a tradicional compra de presentes de Natal, com loja vendendo menos não haverá a necessidade das contratações temporárias para atender o período das festas de final de ano, e por aí vai.
De certo, não nos resta outra alternativa, ainda que nos seja deveras difícil, acreditar que dias melhores virão. E como cantou Gilberto Gil num dos seus maiores sucessos, "andar com fé eu vou, porque a fé não costuma falhar".
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