Cidade

Promotor Luciano Pitta (Foto: Agnaldo Silva)

Críticas, protestos e pedido de explicações pelo Ministério Público. A Câmara de Vereadores de Camaçari teve uma semana turbulenta após a votação do Projeto de Lei que aumenta o salário dos vereadores. O momento político, a greve dos servidores e a insatisfação da população aliados à falta de informação formaram um verdadeiro efeito cascata em grandes proporções na Casa. Essa movimentação chamou a atenção do Ministério Público, que enviou um ofício para a Câmara de Vereadores na última quinta-feira (03), solicitando informações.

O ofício assinado pelo promotor Luciano Pita e endereçado ao presidente da Casa, José Marcelino (PT), requisita no prazo máximo de dez dias (contados de quinta 03/11), que seja encaminhada a sede do Ministério Público em Camaçari a cópia completa do Projeto de Lei aprovado no dia 1º de novembro e da sessão realizada no mesmo dia.

O órgão vai analisar se houve alguma irregularidade na conduta dos edis. Em nota, a Câmara informou que o valor reajustado não chegou a 50% como foi noticiado por alguns meios de comunicação e através das redes sociais.  Segundo o comunicado, o aumento representa 6,43% ao ano, traduzido em um acréscimo de R$ 2.578,47 no salário dos vereadores, que, dividido pelos últimos 4 anos, equivale a um aumento de R$ 644,00 ao ano.

O mal-estar causado com a aprovação da Lei foi tanto que já circulam nas redes campanhas para que a população pressione a Câmara tendo como exemplo o caso da Câmara Municipal de Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná. O vídeo que está sendo compartilhado mostra uma matéria de 2015, onde os vereadores foram obrigados através da pressão popular a recuar do aumento e ainda reduzir os próprios salários.

Confira o vídeo AQUI!

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Ofício do MP