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O artista morreu aos 68 anos na madrugada de sexta-feira, em decorrência de uma trombose pulmonar (Foto: Reprodução)O artista morreu aos 68 anos na madrugada de sexta-feira, em decorrência de uma trombose pulmonar (Foto: Reprodução)

Sepultamento do forrozeiro aconteceu nesta sexta-feira (12), no Bosque da Paz. Zelito foi vítima de trombose pulmonar

As qualidades musicais e o sorriso alegre de Zelito Miranda serão sempre lembrados. Mas nesta sexta-feira (12), durante o sepultamento do artista, a solidariedade e a generosidade que marcavam sua personalidade eram sempre citados pelos amigos que estavam no Bosque da Paz para se despedir dele. O artista morreu aos 68 anos na madrugada de sexta-feira, em decorrência de uma trombose pulmonar.

"Além de grande artista, era meu amigo e se tornou grande colaborador da minha carreira", lembrou Fernando Guerreiro, presidente da Fundação Gregório de Mattos e diretor teatral.

"Foi importantíssimo para o forró e para a música brasileira e a grande recordação que tenho dele é a generosidade, porque sempre estava disponível e, embora fosse uma figura enorme, tinha coração de criança", disse Guerreiro.

"Sempre foi muito delicado com os músicos que trabalhavam com ele, embora sempre exigente. Era um paizão, bonachão", observou o jornalista e pesquisador de forró Gabriel Carvalho. Zelito era exigente também com ele mesmo, segundo Gabriel, e sempre foi caprichoso na parte técnica e nos arranjos de seus álbuns.

Uma das marcas do forrozeiro era o projeto Forró no Parque com Zelito Miranda, que ele realizou por doze anos, no Parque da Cidade e também no Pelourinho. Uma vez por mês, nas manhãs de domingo, o artista recebia colegas já conhecidos do público e outros em início de carreira, a quem ele queria ajudar a dar projeção. "Zelito emprestava a evidência que tinha na mídia para dar um empurrão aos colegas mais novos. O mesmo, ele fazia no estúdio que tinha e às vezes cedia gratuitamente para quem estava começando", diz Gabriel Carvalho.

Adelmario Coelho foi um dos colegas que se apresentou no Forró no Parque ao lado de Zelito e estava muito emocionado no sepultamento. O músico disse ter sido surpreendido com a morte do amigo:

"Vinha conversando com ele e de repente, veio a notícia arrasadora. Foi um desbravador do forró. Eu cheguei aqui em Salvador nos anos 1970 e eu já via o trabalho significativo dele".

A viúva de Zelito, Telma, era casada com ele há 36 anos e tinha duas filhas com ele, Clarice e Luiza. Zelito tinha ainda outro filho, do primeiro casamento, que tem 43 anos e vive nos Estados Unidos, mas veio a Salvador para o enterro. Clarice está grávida e em poucos dias dará à luz o primeiro neto de Zelito.

Telma disse que o marido sofria de trombose, tomava remédios, mas não vinha apresentando agravamento da saúde recentemente. Havia cumprido a agenda de shows no último São João sem restrições.

"Ontem [quinta-feira, 11], ele estava trabalhando à noite normalmente, compondo jingles e não estava passando por estresse. Mas quando se deitou, à noite, se queixou de dificuldade de respirar, que estava sem ar. Passou mal e eu acordei na madrugada para socorrê-lo, mas não resistiu", lembrou Telma.

Segundo a esposa, Zelito deixa o legado do "forró temperado", que era sua marca. "A irreverência e a crítica social também estavam nas músicas dele. Disso, nunca abriu mão", disse Telma. Zelito foi enterrado com seu característico boné e uma bandeira do Vitória. No final da cerimônia, Adelmario, Carlos Pita, Del Feliz, Leo Macedo (da Estakazero) e Targino homenagearam o amigo, cantando Vida de Viajante (Minha Vida é Andar por Esse País...), de Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil.

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