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A Anvisa orienta a utilização do uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico sempre que possível (Foto: OMS/Centro de controle de doenças da Nigéria)A Anvisa orienta a utilização do uso de máscaras, higienização das mãos e o distanciamento físico sempre que possível (Foto: OMS/Centro de controle de doenças da Nigéria)

Outros dois casos suspeitos aguardam resultado do exame laboratorial, que será divulgado nos próximos dias

Os centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), de Salvador e da Bahia confirmaram o primeiro caso de varíola dos macacos, doença causada pelo vírus Monkeypox, no estado após exame laboratorial nesta quarta-feira, 13.

O indivíduo reside na capital baiana e chegou a ser internado em uma unidade hospitalar privada com a tríade de sintomas da doença: febre alta de início súbito, adenomegalia e erupção cutânea.

Atualmente, o paciente encontra-se em isolamento domiciliar em Salvador. As medidas sanitárias de monitoramento dos contactantes próximos, bem como isolamento, foram adotadas pelos órgãos responsáveis.

Além disso, dois outros casos suspeitos, sem ligação com o confirmado, aguardam resultado do exame laboratorial a ser divulgado nos próximos dias.

De acordo com a  a infectologista Clarissa Cerqueira, o vírus Monkeypox, apresenta uma letalidade menor do que a varíola comum, doença que antes de ser erradicada, causou mortes por centenas de anos. Apesar dos dois vírus pertencerem à mesma família de Orthopoxvirus, a doutora em infectologia apontou que um dos sintomas do responsável pelo atual surto é diferente.

"A varíola do macaco é diferente da varíola comum. Eu posso dizer que clinicamente a grande diferença perceptível  é a questão dos linfonodos. Quem está [infectado] com varíola do macaco, em geral, ela dá íngua, aqueles linfonodos na região do pescoço. Na varíola comum, isso não acontece. Além disso, a letalidade dela é bem menor do que a comum", falou Clarissa Cerqueira.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa. A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a manutenção de algumas medidas que eram usadas no combate à covid-19 são importantes para evitar o surto da doença. O órgão orientou o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento físico sempre que possível em aeroportos e aeronaves.

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