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Bahia

Magnetômetro. Parece nome de trio elétrico, mas trata-se da tecnologia utilizada para um portal de segurança que será montado pela Polícia Militar na Estação da Lapa. Todos que saírem do terminal, em direção à Rua Coqueiros da Piedade, vão passar pelo  equipamento, similar aos utilizados em aeroportos. O objetivo é evitar que foliões entrem no circuito Osmar (Campo Grande) com armas.

“Fizemos uma análise da mancha criminal dos carnavais dos anos anteriores e identificamos que a maior parte das ocorrências está naquela região da Lapa, Relógio de São Pedro, Praça Castro Alves. Então por isso esse reforço na segurança”, explicou o major André Borges, comandante da Operação Apolo e responsável pela operação de abordagem, que ocorrerá na entrada e na saída de foliões dos circuitos, durante 24 horas por dia.

Junto com a Lapa, há 48 pontos de abordagem nos três circuitos, o que facilita o controle do fluxo de pessoas e evita a entrada de armas e drogas ilícitas no circuito.  As abordagens serão feitas pelos policiais com o uso de detectores de metais portáteis. Uma abordagem minuciosa será feita caso o equipamento acuse algum objeto metálico. Quem estiver entrando no circuito de mochilas e bolsas ou mesmo os ambulantes com embalagens também poderão ser revistados.

Então, haverá grandes filas já que milhares de pessoas precisarão ser revistadas? Segundo Borges, não necessariamente. Em horários de pouco movimento, todos serão revistados, já quando o fluxo de foliões for grande, as abordagens serão “seletivas”. “Contamos com o tirocínio do policial em identificar os suspeitos, que nós já conhecemos”, afirma o major.

Acessórios como algumas características de bonés e outras identificações que remetem a facções criminosas, por exemplo, são, segundo o PM, elementos que fazem com que o policial escolha quem abordar.Os policiais não passarão por um treinamento específicos – são PMs que trabalham nas ruas e que receberão uma cartilha com instruções nas bases. Ontem, no início da noite, os tenentes que serão responsáveis pelas equipes que atuarão na Zona de Acesso ao Carnaval (ZAC) receberam instruções do comando da corporação.

Os pontos de abordagens são de responsabilidade do major Borges, e do major Gabriel Neto, comandante da 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Boca do Rio-Imbuí).

Revista na saída
Os PMs também atuarão no movimento de saída de foliões. “Se, por exemplo, um elemento efetua um disparo de arma de fogo dentro do circuito, quem está acompanhando as câmeras de segurança,  vai apontar as características. Ele vai querer sair rapidamente no circuito e na saída será abordado”, justifica.

Outras atitudes suspeitas fazem parte da atenção dessa revista na saída do folião. “Todos nós sabemos que as pessoas levam, no máximo, um celular para a avenida, se o suspeito está saindo com três, quatro celulares, eles podem ser fruto de roubos e ele vai ter que se explicar”, exemplifica o major. A depender do local de instalação do ponto de abordagem, ele será fisicamente estruturado de forma diferente. Serão 15 portais, que são estruturas maiores, instalados em locais de grande fluxo. Os demais pontos de abordagens serão totens, com a identificação de que se trata de uma estrutura de abordagem policial e também haverá os disciplinadores, que segundo o major Borges ficarão em ruas estreitas, apenas com uma divisão feita com gradis de metal.

Nem todos os pontos contam com policiais femininas em todos os horários, mas há Pfem com possibilidade de deslocamento em caso de necessidade de abordagens de mulheres. “Nem todas as ruas estão sendo monitoradas, é verdade, mas temos um avanço e estamos nos principais pontos”, afirma Borges. 

Os policiais usarão 334 smartphones e tablets, o que possibilitará que consultem a situação de cada indivíduo preso ou em atitude suspeita – como, por exemplo, a existência de mandados de prisão em aberto e antecedentes criminais. Essa consulta será feita através do aplicativo MOP, sigla para Mobilidade de Ocorrência Policial, instalado nos equipamentos dos policiais.

 

 

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