Brasil pode acumular 15 mil casos de microcefalia até o fim de 2016
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), informa através do boletim semanal, que na Bahia, de outubro de 2015 a 30 de janeiro de 2016, foram notificados 618 casos de microcefalia - nascimento de bebês com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros. Ao todo, já foram notificados casos em 106 municípios baianos, sendo que Salvador tem o maior número (324), correspondendo a 52,43% do total de casos.
Dos 618 casos registrados, foram notificados dez óbitos, nos municípios de Camaçari (1), Itabuna (1), Olindina (1), Salvador (3), São Sebastião do Passé (1), Tanhaçu (1), Itapetinga (1) e Campo Formoso (1).
Para acompanhar o quadro epidemiológico no Estado, o governo implantou o Centro de Operações de Emergências em Saúde do Governo da Bahia para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor do zica vírus, doença apontada como responsável pela má formação no cérebro dos bebês.
O centro é coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e conta com participação de outros órgãos estaduais, Ministério da Saúde, além de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas, infectologistas, obstetras, neuropediatras.
O Governo estadual destaca que diversas ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico estão em curso. Dentre elas, destaque para o teste rápido para dengue e chikungunya, o caça mosquito, mosquito transgênico, bacillus thuringiensis israelensis, wolbachia e repelente com nanotecnologia.
Expansão da doença
O infectologista Rivaldo Venâncio, diretor da Fundação Oswaldo cruz (Fiocruz) em Mato Grosso do Sul, estima que com o atual ritmo de expansão, o Brasil pode acumular 15 mil casos de microcefalia até o fim de 2016. Além disso, alerta o especialista, há numerosos casos de bebês expostos ao zika que nascem com o cérebro em tamanho normal, mas depois apresentam alterações congênitas, como problemas oculares e auditivos.
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