A estratégia de busca ativa adotada em março pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) permitiu a inclusão de 2,39 milhões de lares no programa Bolsa Família. Com isso, passam a ser beneficiadas pelo programa que está completando 20 anos e atende a 21,47 milhões de famílias em todo o país.
A busca ativa consiste na atualização cadastral de pessoas em situação de vulnerabilidade, que são visitadas por equipes de assistência social inseridas em parceiras do governo federal com os estados e municípios. Ou seja, são alcançadas famílias que sequer conhecem seu direito ao benefício e não o procuram voluntariamente.
O Procad-SUAS foi lançado pelo MDS em março, para aprimorar o atendimento dos beneficiários dos programas sociais, atualizar o Cadastro Único e poder implementar o sistema de busca, que já está beneficiando tantas famílias.
Entre elas está a de Luana Santos, 37 anos. Moradora do bairro Itinga, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, ela é avó e mãe de 12 filhos. Passou a receber o benefício em abril. “Nem acreditei quando fui contemplada, graças às regras do novo Bolsa Família. Aqui em casa todos pularam de alegria”, disse.
Benefício ajuda na educação dos filhos
Segundo ela, o benefício também ajuda na educação dos filhos. Isso porque a transferência de renda foi criada para ajudar a comprar os itens básicos para frequentar a escola. “Hoje eu consigo comprar um sapato, um tênis ou uma mochila para as crianças e eles não vão mais para a escola sem caderno e sem lápis”, disse Luana.
Essa ajuda, conforme contou, veio em boa hora para fortalecer a família e melhorar a qualidade de vida. “Quando não temos renda, não temos dignidade nem para nós, nem para nossos filhos. Muitas vezes me senti humilhada, mas agora, isso mudou”.
Além do Bolsa Família, Luana foi contemplada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. E pretende aderir ao programa Desenrola Brasil, para organizar a vida financeira do lar.
Neste mês, o programa Bolsa Família contempla 21,47 milhões de famílias em todo o país, que recebem em média R$ 688,97. O total supera os R$ 14,58 bilhões repassados em setembro e chega a R$ 14,67 bilhões — aumento de 0,61%. O Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN), um valor adicional de R$ 50 concedido às famílias com crianças até 6 meses em sua composição, também passa a ser pago.
Proteção de bebês, crianças, adolescentes e gestantes
Desde que foi relançado, em março, o novo Bolsa Família ampliou o investimento focado em crianças e adolescentes. Em outubro, o Benefício Primeira Infância (BPI), no valor de R$ 150, chega a 9,58 milhões de crianças de zero a 6 anos que integram o núcleo familiar dos beneficiários. O investimento federal é de R$ 1,36 bilhão.
Outros R$ 590 milhões serão transferidos para o pagamento do Benefício Variável Familiar Criança (BV), um adicional de R$ 50 que neste mês atende 12,72 milhões de crianças e adolescentes de 7 anos a 16 anos incompletos. E R$ 133 milhões serão repassados para o Benefício Variável Familiar Adolescente (BVA), no mesmo valor do BV, que assiste 2,89 milhões de adolescentes de 16 anos a 18 anos incompletos.
E há R$ 30 milhões reservados para o pagamento do Benefício Variável Familiar Gestante (BVG), que atende 632,5 mil pessoas em todo o país. Com isso, o Bolsa Família transfere em outubro R$ 2,11 bilhões para proteção de bebês, crianças, adolescentes e gestantes nos 26 estados e no Distrito Federal.
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