Presidente Lula e ministra Gleisi em cerimônia de posse no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “muito disposto” a disputar a eleição presidencial de 2026. “O presidente está muito disposto, com energia, vontade. Está lançando projeto… A gente espera muito que seja nosso candidato; em relação ao adversário, não nos cabe escolher, qualquer um vamos ter que enfrentar”, disse Gleisi à CNN Brasil nesta sexta-feira (21).
A ministra também saiu em defesa de Lula diante das críticas feitas por Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD. Em recente participação em um seminário da Fundação Fernando Henrique Cardoso, Kassab comparou a condução do governo Lula à de Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o atual presidente estaria promovendo um governo “cada vez mais à esquerda”.
Para Gleisi, a declaração foi desleal. “Acho que Kassab está muito injusto com o presidente Lula, que ele conhece tão bem e há tanto tempo. O Lula sempre foi uma pessoa de ouvir os outros, de ouvir vários setores, nunca se pautou apenas pela opinião de um ou outro partido quando está no governo”, disse a ministra.
“Acho totalmente injusta essa crítica do Kassab, como também discordo que qualquer um ganharia a eleição de 2022 contra o Bolsonaro. Foram dez candidatos e não foi qualquer um que ganhou, foi Lula quem ganhou, em uma eleição muito difícil. (…) Ele teria que falar de outra forma, nenhum outro candidato ganharia de Bolsonaro se não fosse Lula”, concluiu.
O PSD integra a base de apoio do governo no Congresso Nacional. Além disso, três ministros indicados pelo partido ocupam pastas estratégicas na Esplanada dos Ministérios: Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca).
As tensões entre Kassab e Lula não são recentes. Em janeiro deste ano, o presidente do PSD já havia dito que a reeleição do petista em 2026 “não é fácil”. Na ocasião, Lula respondeu com ironia. “Comecei a rir quando ouvi a declaração do Kassab. Olhei o calendário e vi que, como a eleição é daqui a quase dois anos, eu fiquei despreocupado”, afirmou.
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