Política

Flávio Matos (União), candidato de Elinaldo à prefeitura, utilizou o triste episódio como combustível para criticar seus adversários e fortalecer sua campanha eleitoral (Foto: Print/Redação CFF)

A recente tragédia envolvendo Carmelita da Conceição Silva, uma idosa de 68 anos, que perdeu a vida vítima de uma bala perdida enquanto trabalhava vendendo frangos assados em Camaçari, foi transformada em palco de disputa política. Flávio Matos (União), candidato de Elinaldo à prefeitura, utilizou o triste episódio como combustível para criticar seus adversários e fortalecer sua campanha eleitoral.

Em sua postagem nas redes sociais, Matos expressou suposta indignação com a criminalidade, questionando a 'omissão' dos “aliados do governador” no combate à violência. Embora o discurso tenha se apresentado como um apelo emocional, o uso de uma tragédia pessoal para alavancar argumentos políticos soa, no mínimo, insensível, oportunista. A publicação, marcada por uma retórica forte e acusatória, surge como um meio de atacar seus concorrentes, enquanto tenta angariar votos em um momento de profunda dor para a família.

O que chama ainda mais a atenção é o fato de Matos se autoproclamar cristão, um homem que deveria ter a compaixão e o respeito ao próximo como valores centrais. No entanto, a forma como explorou a morte de uma munícipe para ganhos políticos levanta dúvidas sobre a coerência entre suas palavras e suas ações. Aproveitar-se da dor alheia para alimentar o discurso eleitoral vai contra os princípios de solidariedade, humanidade e, principalmente, da caridade cristã. Uma contradição.


Vale lembrar que no debate realizado pela Rede Bahia entre os três principais candidatos à prefeitura de Camaçari, Flávio Matos, mesmo sendo de um partido de oposição ao governo do Estado, teceu elogios ao governador Jerônimo Rodrigues e declarou que, caso eleito, faria uma gestão alinhada com o petista. Vá entender...

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