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Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército, durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro (Foto: Agência Senado)Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército, durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro (Foto: Agência Senado)

Sargento do Exército foi preso no âmbito do escândalo do esquema de falsificação de cartões de vacinação e participou dos atos criminosos de 8 de janeiro

O sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) preso no âmbito do escândalo do esquema de falsificação de cartões de vacinação, teve proposta de delação premiada oferecida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro.

Reis foi ouvido pelo colegiado no dia 24 de agosto por ter participado dos ataques às sedes dos Três Poderes. Na oitiva, ele disse ter se arrependido de ter subido a rampa do Congresso.

Além disso, o ex-assessor é apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) como responsável pela movimentação atípica de R$ 3,34 milhões entre 1º de fevereiro de 2022 e 8 de maio para o tenente-coronel Mauro Cid, também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Quem é o sargento Luis Marcos dos Reis

Luis Marcos dos Reis completou o curso básico de paraquedista no Exército brasileiro em 2004, no Rio de Janeiro, assim como o curso de Ações de Comando e diversos estágios dentro da Força Armada, de acordo com dados do governo federal.

Ele fez parte do contingente do Exército que integrou a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para estabilização do Haiti, em 2006 e 2007, país que passava por crise de violência e iminência de guerra civil após o presidente local fugir para exílio.

Na operação, Reis participou como especialista em planejamento tático operacional e especialista em operações de caçador e contra caçador.

Em 2010, quando ocorreu um terremoto devastador no Haiti, ele voltou ao país em nova missão da ONU. Antes disso, foi instrutor de estágio de caçador da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.

Em 2013, completou o Estágio de Condutor de Veículo de Segurança de Autoridade, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em Brasília.

Luis Reis foi destacado como condutor de “veículo de segurança e segurança pessoal do comandante do Exército brasileiro” entre 2013 e 2016. Também fez parte da segurança pessoal da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, entre 2016 e 2018.

Ao final de 2018, foi nomeado ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), permanecendo no cargo durante quase todo o mandato do ex-presidente, saindo em julho de 2022.

Ao deixar a ajudância de ordens, foi Coordenador-Geral de Mobilidade e Conectividade Turística de Brasília.

Prisão

Marcos dos Reis foi preso em maio deste ano, alvo de uma operação da PF sobre fraudes nos cartões de vacinação de Jair Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens é suspeito de inserir dados falsos de doses de vacina contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

De acordo com as investigações, ele chamou o sobrinho, o médico Farley Alcântara, para validar o cartão de vacinação falso da esposa de Mauro Cid.

Reis nega participação em esquema de cartão de vacinação e no 8 de janeiro

À CPMI do 8 de janeiro ter envolvimento nos atos criminosos de 8 de janeiro, no esquema de falsificação de cartões de vacinação, e nas movimentações suspeitas para o tenente-coronel Mauro Cid.

“Sobre o tema cartão de vacinação, jamais tive ou tenho envolvimento sobre suposto esquema de cartão de vacinação envolvendo o nome do ex-presidente, ou qualquer membro de sua família”, afirmou Reis.

“Tenho a convicção de que ficará evidenciado que jamais contribuí para o vandalismo que sucedeu na Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro. Não cometi qualquer ato de desrespeito à ordem emanada por integrantes dos órgãos de segurança pública e, sobretudo, que não financiei, planejei, coordenei, estimulei, instruí, dei suporte ou tomei parte de qualquer ato preparatório e executório”, acrescentou.

“Apresentarei os devidos esclarecimentos com absoluta tranquilidade sobre as acusações levianas, fraudulentas, infundadas e improcedentes que me atingem”, completou o militar.

Dezenas de depósitos

Entre 1º de fevereiro de 2022 e 8 de maio deste ano, Reis recebeu dezenas de depósitos e repassou parte dos recursos para o tenente-coronel Mauro Cid, que era seu chefe na ajudância de ordens de Bolsonaro.

“Mauro Cid esteve envolvido em pelo menos 5 lançamentos de Reis. As transações, que tiveram Cid como beneficiário e remetente, chegam a quase R$ 85 mil”, diz trecho do relatório do Coaf.

Luis Reis afirma ter pagado boleto da escola da filha de Bolsonaro

Questionado pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), o sargento do Exército disse à CPMI do 8 de janeiro ter feito o pagamento de um boleto do colégio da filha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu fiz um pagamento de boleto da filha do presidente do colégio que ela estudava”, declarou Reis, antes de ser interrompido.

Reis permaneceu em silêncio ao ser perguntado se teria pagado o boleto com cartão ou dinheiro em espécie.

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