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 Jair Bolsonaro em evento militar com a ex-primeira-dama, Michelle. Generalato tenta se blindar do reflexo da prisão e acredita que Mauro Cid foi 'excessivamente subserviente' a Bolsonaro. Defesa do ex-presidente entregou extratos bancários, com venda de jet-ski, ao STF. Foto: Presidência da República Jair Bolsonaro em evento militar com a ex-primeira-dama, Michelle. Generalato tenta se blindar do reflexo da prisão e acredita que Mauro Cid foi 'excessivamente subserviente' a Bolsonaro. Defesa do ex-presidente entregou extratos bancários, com venda de jet-ski, ao STF. Foto: Presidência da República

O avanço das investigações sobre a Organização Criminosa que traficou joias recebidas pelo governo brasileiro para vender nos EUA vai levar o ex-presidente e capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PL) à prisão.

 

Esta é a avaliação da cúpula das Forças Armadas, segundo reportagem de Bela Megale, no jornal O Globo desta sexta-feira (25).

Diante da coleção de provas reunidas pela Polícia Federal (PF), o generalato busca se afastar cada vez mais do bolsonarismo e dos "reflexos" que a prisão do ex-presidente pode ter na já arranhada imagem das Forças Armadas.

Entre os generais, já há quem defenda um mea culpa, dizendo que os militares escolhidos para assessor Bolsonaro, como o tenente coronel Mauro Cid, eram "excessivamente subservientes" ao ex-presidente e podem levá-lo à cadeia.

Cid e o pai, o general Mauro Lourena Cid, são investigados como membros da Organização Criminosa que traficava as joias, assim como outros militares que atuaram na ajudância de ordens da Presidência, sob o comando de Cid filho.
Entrega dos extratos bancários

Nesta quinta-feira (24), os advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) extratos de contas bancárias de Jair Bolsonaro.

"Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República, afastando a necessidade de se movimentar a máquina pública para apurar os dados bancários em questão", diz a petição protocolada na corte.

A defesa pediu à corte sigilo sobre a movimentação bancária de Bolsonaro, que mostra, entre outros, vendas de carros, jet-ski e ressarcimento de despesas com saúde sobre as intervenções decorrentes do atentado a faca durante a campanha em 2018.

A quebra de sigilo de Bolsonaro e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, já havia sido decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 17 de agosto por causa da investigação sobre o contrabando das joias.

Veja também:

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